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Sociedade

Exército admite descuido em exercício que provocou incêndio no pinhal de Leiria

O incêndio que deflagrou no pinhal de Vieira de Leiria durante um exercício do Exército deveu-se a provavelmente a “um descuido”, disse o comandante das operações.

O incêndio que deflagrou hoje no pinhal de Vieira de Leiria, durante um exercício militar do Exército, deveu-se a provavelmente a “um descuido” quando eram disparados os canhões antiaéreos, disse à Lusa o comandante das operações.

O sistema CHAPARRAL foi utilizado nos exercícios (foto: www.exercito.pt)

“O incêndio aconteceu porque uma munição tracejante passou no mato, que estava bastante seco. Não estava previsto. Deve ter havido um pequeno descuido da guarnição, que baixou a mira”, revelou o coronel Sardinha Dias, comandante do Regimento de Artilharia Antiaérea n.º1 de Queluz.

O comandante das operações frisou, contudo, que “o treino que estava previsto dar aos especialistas no sistema míssil portátil STINGER e míssil ligeiro CHAPARRAL – e também o Bitubo [canhão] – foi plenamente atingido”, explicando que “o exercício estava a poucos minutos do seu fim quando aconteceu o incêndio, que entretanto já está extinto”.

Os dois focos de incêndio surgiram após a utilização de um canhão Bitubo de 20 milímetros, que disparava contra um alvo aéreo, junto à costa, na freguesia de Vieira de Leiria, concelho da Marinha Grande.

No local, de prevenção, estavam uma viatura e bombeiros voluntários de Vieira de Leiria, concelho da Marinha Grande, que iniciaram o combate às chamas.

Mas apenas com a chegada de reforços humanos e materiais -três viaturas – o incêndio foi controlado.

Os jornalistas foram retirados pelos militares do local onde assistiam ao exercício ‘Relâmpago 12′, que decorre até sexta-feira.

Sem fazer feridos ou ameaçar construções, o fogo começou com dois focos, mas rapidamente alastrou para uma frente, que foi combatida pelos bombeiros e militares.

No exercício “Relâmpago 12” estão envolvidos 21 oficiais, 57 sargentos e 144 praças e o seu objetivo é “exercitar todas as Unidades de Artilharia Antiaérea do Sistema de Forças do Exército, no planeamento, controlo e conduta do apoio às operações terrestres”, segundo uma nota do Exército.

Na sessão de hoje foram usados todos os meios e unidades de Artilharia Antiaérea do Exército Português (os sistemas míssil antiaéreos STINGER e CHAPARRAL e o Sistema Canhão Bitubo 20mm), da responsabilidade do Comando das Forças Terrestres.

Lusa

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