A família fala numa situação de bullying (violência física ou psicológica repetitiva) que obrigou uma criança de seis anos a abandonar a escola que frequentava. A escola garante que adotou os procedimentos necessários para resolver a questão.
O caso acabou por ser levantado no “Grupo Marinha Grande”, na rede social Facebook, suscitando inúmeros comentários.
E suscitou a questão: terá a escola falhado na proteção de um novo aluno? A história começa no arranque do ano letivo, conta um familiar do João (vamos chamar-lhe assim) que se estreava no percurso de aluno numa escola do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas Guilherme Stephens, no concelho da Marinha Grande.
Desde os primeiros tempos que o João começava a evidenciar sinais de que a escola não era propriamente o seu lugar de eleição. “Vinha da escola a chorar compulsivamente e aos pontapés e dizia que não queria voltar”, explica um familiar que prefere o anonimato para preservar a identidade do menor.
Os sinais de nervosismo foram crescendo, bem como as alterações comportamentais. Surgiu a irritabilidade, a ansiedade e mais tarde os vómitos, os tiques nos olhos e, também, a automutilação. Ele “mordia-se nos braços”.
A família procurou saber quais os motivos do agravamento do estado psicológico do pequeno João, um “caloiro” da primária. Ele que tão bem se dava na prática desportiva e que não tinha antecedentes que fizessem adivinhar esta situação.
Descobriram um quadro de agressões por parte de colegas, acrescido de uma atitude desadequada por parte da professora: “era chamado de burro e puto”, explica um familiar. E não só. “Havia os frequentemente conhecidos como calduços [palmada atrás da nuca]”.
(Leia a notícia completa na página 9 da edição de 24 de fevereiro de 2012)
Carlos S. Almeida
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