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Vem aí mais estacionamento pago em Leiria

O estacionamento no Bairro dos Capuchos, Quinta de S. Bartolomeu e zona residencial da Portela vai passar a ser pago. A Câmara propõe a criação de mais cinco zonas de estacionamento tarifado.

O estacionamento no Bairro dos Capuchos, Quinta de S. Bartolomeu e zona residencial da Portela, em Leiria, vai passar a ser pago. Mas não só. A Câmara propõe a criação de mais cinco zonas de estacionamento tarifado.

No total serão abrangidas 46 ruas e largos, contando os arruamento que haviam já merecido a aprovação do executivo em novembro passado.

A proposta, aprovada terça-feira, vai entretanto ser objeto de discussão pública durante um mês após publicação em Diário da República.

 

Confira a lista das ruas onde o estacionamento passará a ser pago:
Ruas Sá de Miranda, da Restauração, Francisco Pereira da Silva, Joaquim Ribeiro de Carvalho e largo Padre Carvalho;
Ruas Camilo Korrodi, da Europa, Coronel Teles Sampaio Rio, São Francisco e Rodrigo Silva Eliseu, largo situado entre o Edifício 2000 e o anfiteatro do Carpalho, e a praça do Emigrante;
Rua Tenente Valadim;
Rua Anzebino da Cruz Saraiva;
Rua Capitão Mouzinho de Albuquerque (troço entre a Rotunda do Estádio e o entroncamento com a Rua de São Francisco) e avenida Cidade de Maringá;
Bairro dos Capuchos – ruas Miguel Franco, Cidade de Tokushima, Prof. Narciso Costa, Cor. Pinheiro Correia, Poeta Acácio Leitão, Dr. Armando Pedro, Escultor Luiz Fernandes, Dr. Afonso de Sousa, Dr. João Caetano Nunes Guerreiro, do Hospital Militar, Dr. Agostinho Tinoco, dos Mártires (troço entre o Largo da República e a rua Júlia Dores Silva Crespo) e Júlia Dores Silva Crespo, bem como o arruamento sem topónimo e sem saída, com entroncamento na rua do Hospital Militar, e a travessa dos Capuchinhos;
Quinta de S. Bartolomeu – ruas Luís Silveira Charters d’ Azevedo, Vasco da Gama Fernandes, General Norton de Matos e praceta Prof. Joaquim Filipe;
Zona residencial da Portela – ruas Dr. Manuel de Magalhães Pessoa, Dr. António da Costa Santos, D. João XXI, Serpa Pinto, Dr. Egas Moniz, Henrique Sommer, Beatriz Machado, Barreto Perdigão, largos de Camões e Rainha Santa Isabel, e avenida. Dr. José Jardim.

(leia mais na edição impressa de 20 de abril de 2012)

Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt


Secção de comentários

  • Eduardo disse:

    Trabalho no bairro dos Capuchos, e há cerca de 15 anos atrás era fácil lá estacionar. Quando os moradores saiam de manha para trabalhar chegávamos nós e á noite quando eles chegava saiamos nós. Depois de implementarem o estacionamento pago na cidade, os Capuchos tornaram-se alternativa a todos que trabalhavam ou iam ao tribunal, Seg.social, Câmara Municipal, etc. Isto é que criou escassez de estacionamento no bairro. Perante esta mediada já estamos a pensar deslocalizar a empresa para outro lado pois os trabalhadores não têm alternativas de transporte e de certeza que a camara não vai dar um cartão por cada um. Os custos de quem cá trabalha seriam incomportáveis. O bairro ficará a perder.

    • Margarida disse:

      Caro Eduardo, como o compreendo. Também trabalho no Bairro dos Capuchos. Posso assegurar-lhe que não é intenção da Câmara, caso esta medida venha a ser concretizada, distribuir mais do que dois cartões por empresa, que deve ser de interesse público (o que não parece que seja o caso). Resta a solução que referiu, deslocalizar as empresas. Leiria ficará mais pobre. Esta é a minha opinião

  • Sofia disse:

    Acho impressionante.
    Leiria está a seguir ideias que em outras cidades viu-se nitidamente que não resultaram.
    Qual é objetivo?
    Acabar com o comércio tradicional, que está a olhos vistos na m****???

  • Marco disse:

    É tudo muito bonito mas na realidade não vai fazer nada pela cidade, somente vai afastar ainda mais as pessoas do centro que já perde para o Shopping, irá fazer aumentar a fuga dos comerciantes do centro para a periferia. Basta ver os casos de outras cidades em que os centros estão mortos e degradados, onde só se vai para tratar de alguma papelada relacionada com entidades públicas.
    Esses estudos funcionam bem na teoria, também os fiz académicamente, mas normalmente a visão é reduzida e pouco práctica, até porque as cidades vão crescendo sem o minimo planeamento, conforme os sacos azuis apareçam. Além de ser uma media que não tráz nenhum valor acrescentado, servindo apenas para cobrar mais impostos às pessoas. Essas cabeças ocas dos politicos …

  • Fernando disse:

    Como já aqui foi referido , este tipo de medidas só vai afastar as pessoas do centro da cidade. Eu por exemplo já tento evitar ao maximo ir ao centro de Leiria, e quando ia deixava muitas vezes neste sitios que não eram pagos .E essa historia de que se tem de andar mais de trasportes publicos em Leiria não faz qualquer sentido, visto que Leiria tem uma zona residencial muito dispersa e é difcil implementar uma boa rede de tranportes que seja viavél. No meu caso há dois carros diarios para a cidade e vivo num raio de 10 km da cidade , vou a pé vou de bicicleta !

    Isto sem duvida alguma é um boa medida para acabar com o que resta da cidade!

  • Micael Sousa disse:

    Obviamente que Leiria não é Lisboa, caso contrário as soluções seriam sistemas e transportes massivos públicos. Não é o caso, isso seria disparatado para Leiria. Ruas intransitáveis é que afastaram as pessoas. Estas propostas de ordenamento do estacionamento defendem, acima de tudo os moradores, pois pare eles há estacionamento reservado. Algo que se adopta neste tipo de soluções de planeamento e engenharia de tráfego.
    Quanto ao comércio, seguramente que isto prejudicará. Mas é por isso que existem programas e parcerias entre os comerciantes e as explorações dos parques. Quem faz comprar pode ter também estacionamento gratuito. Mais uma medida só possivel com o ordenamento do estacionamento.

  • José Carlos disse:

    Sou estudante e trabalhador em Leiria, e Srº Micael Sousa estas medidas só vão afastar mais as pessoas do comercio tradicional da cidade. Já para não dizer que afastará residentes da cidade…

    Tudo o que disse é bonito de ler e de ouvir, mas será que esta é melhor altura de se aplicar estas medidas? Leiria não é Lisboa…

    Se substituíssem algumas zonas de estacionamento dentro da cidade em circuito para circular as bicicletas, mudava a postura da cidade e a população percebia a ideia.

    Esta ideia para mim só transmite em obter capital a custa dos residentes, pois a insegurança é cada vez maior, devido as famílias e estudantes já não terem dinheiro até ao fim do mês para comer. Isso já é visível nas cantinas do IPL.

    Mas se querem MATAR mais a cidade esta é uma boa medida.

  • ana disse:

    O que eu penso é que a Camara de Leiria deve ter um contrato com o shoping de leiria, pois como é que as pessoas vêm para leiria fazer compras ao comercio tradicional se para estacionar tem de pagar? Assim vão até ao shoping que lá o estacionamento e gratuito. Penso que com estas medidas digam adeus ao comercio tradicional em leiria.

  • Micael Sousa disse:

    Por exemplo um “smart” deveria pagar metade. Quanto ao estrangulamento das ruas é evidente e defensável. São medidas de acalmia de trafego para evitar abusos de velocidade e aumentar a segurança. Está evidente que, nestas e outros assuntos, nem sempre a racionalidade conta. Haveria muito mais para falar, mais ainda se se abordasse a questão de pontos de vista mais técnicos ainda

      • Micael Sousa disse:

        Fiz uma tese de mestrado onde estudei o sistema de transportes e mobilidade de Leiria. Também já particepei em outros estudo de engenharia de tráfego e transportes. Aqui o interesse é do melhor sistema de transportes para o coletivo e comunidade, o mais eficiente economicamente e ambientalmente.

    • José Carlos disse:

      Porque haveria de pagar metade?

      A taxa de pagamento reduzida devia ser aplicada apenas a veículos eléctricos, e não a sua dimensão. Isto sim traz vantagem para a cidade e a população, menos ruído e mais ar puro.

          • Micael Sousa disse:

            Metade de um veículo padrão. Mas o smart é só um exemplo. Por exemplo pode estacionar de frente em lugares de estacionamento perpendicular ao sentido da via, ocupando metade do lugar disponível para suposto veículo padrão.

  • Micael Sousa disse:

    Aqui entram questões de urbanismo. Se as pessoas se deslocam regularmente para determinadas zonas é porque vivem noutras, provavelmente nas periferias onde os custos de habitação são mais baixos. Logo, pegando na fórmula económica do custo de transporte e habitação, o que pouparam em habitação terá de ser pago em transporte. Simplesmente esse custo de transporte (estacionar é um custo do transporte cada vez mais importante, relembro que 10m2 de espaço urbano é caro, e é por isso que cada vez mais se mora na periferia). Agora, como não há espaço para todos, os utentes têm de pagar. Injusto seria que todos pagassem por igual, nem que fosse indiretamente. Nem todos usam carros, e mesmo os que usam não têm os mesmos números de veículos, com as mesmas dimensões e afins.

  • Micael Sousa disse:

    aos automóveis, tal como o combustível ou ter uma garagem. Com o ordenamento proposto – pelo menos aquele que me pareceu ser proposto – é possível garantir zonas de paragem e de acesso para quem tem mobilidade reduzida. Sem ordenamento, até porque o nosso civismo deixa muito a desejar e dai ser necessários os pilaretes, temos o caos, impera a lei do mais ousado e saímos todos prejudicados. Nas propostas, e pelo que sei, cada fração tem direito a dois lugares de estacionamento, logo os moradores que vivem na cidade têm o seu estacionamento garantido. Aos restantes utentes, obviamente, como todos os que usam algo, têm de pagar por isso

  • Micael Sousa disse:

    Estamos aqui claramente perante um caso de interesse coletivo. Sou técnico e estudioso do assunto, por isso falo. Posso referir estudo que sustentam tudo o que digo, e vejo isto como um exercício de cidadania. Os transportes públicos modernos são os meios de transporte rodoviário mais adequados para transporte de idosos, ou outras pessoas com mobilidade reduzida e condicionada. Entre outras coisas, têm pisos rebaixados, são mais seguros, e o motorista pode dar o devido apoio. Com o ordenamento do estacionamento, com sistema que só é sustentável com pagamento, pois é um custo associado aos automóveis, tal como o combustível ou ter uma garagem

  • Micael Sousa disse:

    Num recente estudo que fiz, sugeri que o estacionamento deixasse de ser grátis, porque temos mesmo de passar a andar mais a pé e de bicicleta. No entanto, haveria sempre estacionamento gratuito para moradores, obviamente. Mas haveria alternativas, com sistemas de transporte coletivo a servirem a cidade, e onde o pagamento do estacionamento dava direito gratuito a usar esses transportes. Temos de ver que um automóvel ocupa 10m2 de espaço urbano, coisa cara, e que tem custos ambientais e afins que têm de ser controlados. Depois, também não existisse espaço livre para todos e muito estacionamento intrusivo que torna difícil de nos movimentarmos na cidade. Espero que esta medida seja acompanhada das devidas alternativas, caso contrário fica coxa… Mas o inicio está lançado, técnicamente parece-me um bom príncipio!

      • Micael Sousa disse:

        Quem não é de Leiria, ou seja mora na periferia, tem outros benefícios que os moradores de Leiria não têm. Por exemplo terem mais espaço urbano a custos de mercado inferiores. Se o custo das habitações nos centros das cidades são superiores, uma parte significativa deve-se ao custo dos solos. Como os automóveis ocupam solo que é mais oneroso, é espectável que isso resulte num custo. Trata-se de questões do ramo da economia dos transportes.
        Mais informações, por exemplo, em: Apesar de haverem seguramente muitas razões para na América Latina terem surgido imensos países falantes de Castelhano e um apenas Português, terá de haver algumas relação directa também com as próprias culturas das anteriores metrópoles – Portugal e Espanha

    • José Carlos disse:

      O problema de Leiria é a deficiência de ligação entre transporte públicos. Entre Comboios, Rodoviária, MOBILIS e BICLIS…

      Melhorando este aspecto muita mobilidade se ganha, e a cidade também.

    • Odete disse:

      Ainda não entendi como é que o Sr. Micael usando a frase "um automóvel ocupa 10m2 de espaço urbano, coisa cara, e que tem custos ambientais e afins que têm de ser controlados", justifica ser esta a razão para o aumento das zonas de estacionamento pago dentro da cidade… Espero que quando o sr. diz que "Quem não é de Leiria, ou seja mora na periferia, tem outros benefícios que os moradores de Leiria não têm", não esteja também a utilizar isso como argumento. Estacionar dentro ou fora da cidade provocará, julgo eu na minha ignorância, os mesmos prejuízos ambientais. E se alguém, por estacionar dentro da cidade prejudicar os edifícios, com a emissão de gases, será esse um dos "custos que deve ser controlado"? Não vejo o dinheiro do estacionamento a ser usado para melhorar as condições ambientais… Sou um pouco mais realista: a CML precisa de verba, e recorre ao estacionamento. Tal como no tempo dos feudos: queres entrar na cidade? Pagas. Ponto final.
      Andar de bicicleta e a pé… Ok… SE, houvessem condições para isso…pois, os passeios da cidade são o que já sabemos, e as vias para circular de bicicleta dentro da cidade…. não existem. E Leiria não é uma cidade tão plana e agradável para circular de bicicleta.
      Vou-lhe dizer como é aqui onde moro, em Nuremberga: bicicletas: quase podemos ir de cidade em cidade de bicicleta, em vias concebidas para esse efeito. As crianças recebem na escola, a polícia, para lhes ensinar a circular de bicicleta, logo cedo. Dentro das cidades, há estacionamento para elas, e sinalização adequada. Estacionamento automóvel: caríssimo!!! Chega a custar 0,75 euros por meia hora. Numa mesma rua há diferentes sinalizações. Por exemplo: de um lado pode estacionar-se entre as X e as Y horas, pagando, e do outro lado é estacionamento livre, OU (e aqui uma grande ideia!) usando um cartão que se pode adquirir em qualquer supermercado, podemos estacionar 1 ou 2 horas sem pagar, marcando a hora nós mesmos. Como se controla isto tudo: polícia municipal, que percorre as ruas todas e caso não tenhamos ticket ou o tal cartão azul dentro do tempo, recebemos a multa para pagar de 5euros por cada meia hora em falta. Assim, o comércio não fica prejudicado, os residentes têm um cartão próprio para estacionar naquela determinada rua, e todos ficam contentes. Mais estacionamento pago em Leiria? Sim, mas com bom senso e apresentando antecipadamente mais alternativas. Com certeza lembra-se de ir ao CC Maringá, à praça Rodrigues Lobo, antes de pagar estacionamento… Vê a diferença agora?

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