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Desporto

Academias de futebol formam pequenos homenzinhos

Camisola, calções, meias, caneleiras e chuteiras em tamanho XS. Alguns têm apenas quatro anos, mas correm atrás da bola com a mesma energia que os de 11 e 12 anos.

Camisola, calções, meias, caneleiras e chuteiras em tamanho XS. Alguns têm apenas quatro anos, mas correm atrás da bola com a mesma energia que os de 11 e 12 anos.

Foto: Joaquim Dâmaso

A energia, em formato infantil, começa a chegar ao Campo das Camarneiras, em Outeiro da Fonte, freguesia de Carvide (Leiria), às 18 horas. Depois, as orientações ficam a cargo de Costinha, o ex-jogador de futebol, que em setembro abriu a academia de futebol Costifoot. “Trabalhamos para fazer destes meninos uns homens, com sentido de equipa, para que saibam conviver e viver com regras”, explica o ex-joga­dor da União de Leiria.

A base da formação é, claro está, o futebol, mas aqui não se vive de craques. “Conseguimos fazer muito mais do que jogar. Há o desenvolvimento motor, a coordenação, tudo sem carácter competitivo e onde todos têm lugar”, diz.

E esta é apenas um dos exemplos na região. A Academia da União de Leiria, em Santa Eufémia, trabalha há vários anos com o futebol de iniciação (destinado a crianças entre os 4 e os 13 anos).

“Somos como uma escola. Ensinamos e formamos os jovens a trabalhar em equipa. Por exemplo, assim que um atleta chega à academia é integrado na equipa do seu escalão”, refere António Oliveira, coordenador do futebol de iniciação da Academia da União de Leiria. De igual forma, os quase 200 atletas são acompanhados, semanalmente, por um grupo de treinadores, com formação na área, e psicólogos, que seguem a evolução e desenvolvimento da criança, em estreita ligação com os encarregados de educação.

A entrada acontece em qualquer altura do ano e todos – meninos e meninas – são aceites. “Não há captações”, afirma. Opinião partilhada por Costinha e Pedro Roma.

E se está a pensar que tem em casa um “Eusébio dos tempos modernos à espera de ser revelado”, não alimente esse sonho. “É demasiado precoce dizer que estes meninos vão ser craques. Se tiverem talento, ele vai revelar-se mais tarde ou mais cedo. Por agora, queremos que adotem valores”, afirma Pedro Roma, ex-guarda-redes da Académica, natural de Pombal.

O responsável fala de formação cívica e social, ligada à vertente desportiva, mas sem competição. De um convívio saudável e de integração na comunidade, graças a “uma mensagem positiva”.

Leia mais na edição de 25 de maio de 2012 em papel ou aqui.

Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt

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