Foram precisos oito meses de contactos, com duas viagens à República da Irlanda pelo meio, para abrir as portas da Google a Hugo Aguiar. O engenheiro informático de Leiria acaba de ser chamado para os escritórios da companhia norte-americana em Dublin, após um longo e exigente processo de recrutamento que envolveu 14 entrevistas presenciais e à distância.
À segunda tentativa, Hugo Aguiar chega finalmente ao gigante da internet que pesquisa colaboradores à escala planetária. “No geral, procuram pessoas com bons backgrounds académicos, características de liderança e que se adaptem bem a novas situações, com uma postura positiva relativamente ao trabalho e aos colegas”, descreve.
Ele, não há dúvida, encaixa no perfil: com apenas 26 anos, já deu aulas a alunos de licenciatura, fez investigação, viveu na Rússia, Polónia e Inglaterra e trabalhou para a Outsystems, uma das mais dinâmicas empresas tecnológicas portuguesas.
Além disto, que não é pouco, dedicou-se a ações de voluntariado, praticou ténis de alta competição até à adolescência e fundou a Associação Fazer Avançar, que dinamiza projetos de empreendedorismo social e organiza o dia da felicidade em Leiria, distribuindo abraços e sorrisos nas ruas da cidade.
Diz a lenda que a Google recebe mais de um milhão de currículos por ano, aproveitando apenas uma ínfima parte (atualmente conta 30 mil funcionários). O recrutamento de Hugo Aguiar começou na rede social Linkedin, na web, por iniciativa do empregador, e prosseguiu com
diversos testes à criatividade do candidato.
Perguntaram-lhe qual a velocidade média de um voo de Lisboa a Paris e de quantas pessoas precisaria para dar suporte a dois milhões de utilizadores, por exemplo. Falhou a primeira seleção, mas já este mês viria a garantir uma vaga.
Inserido no serviço a clientes do Google Adsense, o jovem leiriense já se rendeu ao ambiente de trabalho positivo e focado no bem-estar dos colaboradores. “Estão aqui pessoas de todo o mundo”, conta. “Os escritórios são incríveis. Em todos os andares existem salas de jogos e espaços para se comer ou relaxar. A comida é oferecida e os espaços são divertidos e muito bem decorados. E depois há detalhes como a TGIF (Thanks Google is Friday) que fazem mesmo a diferença: às 17 horas, todas as sexta-feiras, há cervejas e petiscos e os googlers podem questionar o Larry
ou o Sergey [os donos] sobre tópicos relacionados com a empresa”.
(notícia publicada na edição de 22 de junho de 2012)
Cláudio Garcia
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt
Carlos Manuel disse:
Boa Sorte Hugo.
Era de esperar, pai inteligente… o filho não podia fugir a regra…
@hugomaguiar disse:
Obrigado Carlos!
Abraço