Espanhóis, cabo-verdianos, brasileiros, polacos, americanos e até chineses. Se há palavra que melhor descreve os estudantes do Instituto Politécnico de Leiria é variedade.
Os portugueses continuam, claro está, em maioria, mas há cada vez mais estrangeiros a procurar a instituição. E vêm dos quatro cantos do mundo.
A maioria dos estudantes de origem estrangeira (309) está a fazer o seu percurso académico completo no IPL. São alunos que ficam na região entre dois a cinco anos, para completar as suas licenciaturas ou mestrados.
A estes, há a juntar aqueles que estão apenas de passagem: são 274 e ficam na cidade apenas alguns meses, ao abrigo de programas de mobilidade. Contas feitas, no ano letivo que agora termina, 583 alunos estrangeiros circularam pelos corredores do Politécnico.
Mas vamos por partes. Comecemos pelos estrangeiros que integram o quadro de alunos do IPL. Aqui, o destaque vai para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), de onde provêm 143 dos 309 estudantes estrangeiros.
Mas a verdade é que Leiria recebe alunos dos cinco continentes – até da Oceânia há um representante, natural da Polinésia Francesa.
Quem vem estudar para o IPL procura essencialmente as áreas de gestão, engenharia e saúde. O curso de administração pública é o que tem maior percentagem de estrangeiros (13,4%) mas é em gestão que há um maior número efetivo de estudantes de fora (24 alunos).
A procura não difere muito da dos alunos de mobilidade. Enfermagem, design gráfico e multimédia, tradução português/chinês, gestão de empresas e engenharia civil são os cursos que atraem mais “alunos visitantes”. São jovens que ficam em Leiria por períodos de três meses a um ano e procuram, sobretudo, uma oportunidade de conhecer o país e a cultura portuguesa.
Vêm de mais de 20 países diferentes e boa parte deles fica alojado numa das residências dos Serviços de Ação Social do IPL.
O Politécnico tem, aliás, um papel ativo no processo de integração dos estudantes estrangeiros, através do Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional, que acompanha os alunos ao longo de toda a estadia. Os jovens têm oportunidade de frequentar cursos de português para estrangeiros ainda antes do início das aulas e podem participar em visitas guiadas na região.
Um acompanhamento que parece estar a fazer eco alémfronteiras. Nos últimos cinco anos, o número de estudantes de mobilidade do IPL quase triplicou (de 100 para 274 alunos). Ao contrário do que acontecia em 2007, o Politécnico recebe agora muito mais estudantes de fora do que aqueles que “envia” para o estrangeiro.
Leia a notícia na íntegra na página 9 da edição de 29 de junho de 2012.
Sandra M. Ferreira
sandra.ferreira@regiaodeleiria.pt