O total de lugares de estacionamento pago nas ruas da cidade de Leiria vai mais do que duplicar. Aos 524 lugares já existentes, vão somar-se mais 676, de acordo com o Projeto de Regulamento Municipal das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada.
Concluída a respetiva discussão pública, a proposta deixa cair o estacionamento pago no Bairro dos Capuchos, zona da Portela e parte da Quinta de S. Bartolomeu.
Ainda assim, e por considerar a medida “violenta” para os munícipes tendo em conta a atual conjuntura económica, os vereadores do PSD votaram contra na reunião de Câmara do passado dia 10 de agosto.
O vereador António Martinho abdicou, por sua vez, de votar, alegando ter participado no processo enquanto responsável pelo pelouro do Trânsito. Posição que a bancada social-democrata disse não compreender, realçando que o vereador acabara de participar na discussão do ponto.
Na ausência dos vereadores Gonçalo Lopes e Blandina Oliveira por motivo de férias, o presidente da Câmara fez uso do voto de qualidade para fazer passar a proposta. “Assistimos mais uma vez a uma declaração de voto para ditar para a ata” por parte do PSD e a “mais um bloqueio do que é o interesse municipal quando a argumentação é falaciosa”, notou Raul Castro, lembrando que o regulamento pretende “contribuir para disciplinar o estacionamento muitas vezes abusivo, e, salvaguardando os interesses dos moradores, possibilitar que haja espaço suficiente para quem quiser ter acesso a diversos espaços da cidade”, acrescentou.
Números
l98 – é o total de novos lugares pagos na avenida Marquês de Pombal (43 lugares), ruas Sá de Miranda (80), da Restauração (23), Francisco Pereira da Silva (29), e Joaquim Ribeiro de Carvalho (5) e largo Padre Carvalho (18)
202 – novos lugares surgem nas ruas de S. Francisco (47), Camilo Korrodi (39), da Europa (18), Coronel Teles Sampaio Rio (8), Horácio da Silva Eliseu Silvicultor (13), praça do Emigrante (21) e nas traseiras do Edifício 2000 (56)
157 – lugares irão ainda surgir nas ruas Tenente Valadim (42) e Anzebino da Cruz Saraiva (115)
119 – é o número de lugares previstos na rua Capitão Mouzinho de Albuquerque (32), avenida Cidade de Maringá (44) e rua General Norton de Matos (43)
Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt
Marco disse:
Quem ganha com isto é um certo centro comercial. Ir ao centro de dia, só mesmo por necessidade. Se realmente queriam repensar o trafego urbano têm muito por onde começar, e requer que se passem umas horas a planear as coisas … coisa que como se vê não existe com quem desgoverna. E a culpa é da oposição também, não são eleitos apenas para dizer que não ou absterem-se. Pensar e usar a cabeça em prol dos que os elegem … dá muito trabalho. É só escumalha nas veias da política. Basta ver no que deu os brutos investimentos nos parques subterrâneos que estão às moscas …
Fernando Jerónimo disse:
Nunca concordei com o ter de pagar estacionamento na via publica, por a via é isso mesmo, PUBLICA, e não é propriedade dos Municípios. Até quando vamos continuar a ser roubados? Não seria de bom tom começarmos a cobrar ao Município, à EDP ao Serviço de Águas e Gaz, terem instalado candeeiros de iliuminação publica nos nossos edifícios?, contadores de água e luz nas nossas propriedades? Postes de telefone e de Energia que ocupam as nossas propriedades? cabos de electricidade e de telecomunicações que estão pendurados nos nossos edificios que em algumas ruas é vergonhoso ver? Então é tudo deles?
REVOLTADO disse:
Pois é, os trabalhadores dessa zona agora já pagam para trabalhar…. Estamos num país de ladrões….No meu caso, vou ter que começar a pagar para trabalhar….Qual quer dia tenho que pagar aos meus patrões para me deixarem trabalhar….SÓ MESMO EM PORTUGAL….EXPLORAM E AINDA CONSEGUEM ROUBAR DINHEIRO AO POVO QUE AINDA TEM TRABALHO…. TENHO VERGONHA COMO O MEU PAÍS ESTÁ …..