O Centro Cívico de Leiria, edifício de linhas modernas construído no centro histórico, vai abrir ao público em setembro, tendo como principal missão homenagear Eça de Queiroz e outros escritores que nasceram e viveram na cidade.
A intenção foi revelada em nota à imprensa pelo vereador da Cultura da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, que vê o edifício, localizado na Rua Barão Viamonte, ou rua Direita, como “um espaço de homenagem a Eça de Queiroz” e “o pilar estratégico para afirmação de Leiria como terra de escritores”.
Para esse fim, a autarquia celebrou um acordo com uma associação cultural, a Sempreaudaz, liderada por Helena Carvalhão, da Academia Sénior.
No Centro Cívico, a sala Eça de Queiroz ficará à responsabilidade da Câmara, que a utilizará como ponto de partida para a recém lançada Rota dos Escritores de Leiria.
As outras salas ficarão à responsabilidade da Sempreaudaz, que garantirá a abertura ao público do Centro Cívico de segunda a sábado, das 15 às 18 horas.
A associação dinamizará as salas São Joanina, que será a receção, Padre Amaro, para formação, e Luís Serra, que terá a valência de espaço de artes.
No âmbito do protocolo entre as entidades, a Sempreaudaz tem ainda de desenvolver ações de caráter formativo destinadas a público da idade maior e promover ações culturais e formativas difusoras da cultura, em especial da escrita, do património e das artes, destinadas a todos os públicos, que integrarão o “Programa de Dinamização Cultural do Centro Cívico”.
Esse programa decorrerá pelo menos dois dias por semana – sendo um deles o sábado -, ficando a associação ainda comprometida a colaborar na promoção da vida e obra de Eça de Queiroz, nomeadamente com a Fundação Eça de Queiroz, para a qual deverá reservar um espaço destinado à divulgação dos seus produtos.
Segundo o vereador da Cultura, a escolha da Sempreaudaz para dinamizar o Centro Cívico decorre da proposta da associação contemplar atividades com idosos no espaço, aspeto que foi determinante para a aprovação da construção do Centro Cívico no âmbito do PALOR.
Da autoria do arquiteto Gonçalo Byrne, o Centro Cívico e respetiva praça pública custaram 900.373,60 euros: 719.456,32 euros foram financiados por fundos comunitários, 41.276,74 euros pelo Orçamento do Estado e 139.640,54 euros pelo município de Leiria.
Nelson Ferreira disse:
O estado a que chegámos é cada vez mais surpreendente! Como é que a Câmara Municipal de Leiria teve a coragem de autorizar este projecto que rompe completamente com as linhas estéticas do centro histórico da nossa cidade?!
Este edifício, com função mais do que meritória, não passa de uma ferida para quem admira a cidade lá do alto do castelo.
É revoltante saber que muitos dos moradores da zona mais antiga da cidade tentaram melhorar as suas habitações e lhes foram impostas mil e uma restrições, mil e um critérios. Aqui se vê o estado a que chegámos!
Pedro disse:
Concordo a cem por cento tenho edifício familiar a decadas e tenho de manter o traço para alem de mil e uma exigências