“Relembrar os valores que as pessoas hoje em dia se esquecem e que nós achamos que são importantes”. É este o principal objetivo, segundo Rosa Fernandes, presidente da Real Ordem Dom Dinis, da Carta de Princípios, assinada no sábado, 8 de setembro, na Universidade de Coimbra.
O documento subscrito pelas academias de Leiria, Évora, Porto, Aveiro, Minho, Beira Interior, Trás-os-Montes e Alto Douro e Coimbra, pretende ser uma plataforma de entendimento que reúne os pontos comuns à praxe. “Condenamos os abusos que se fazem e por isso queremos que as más práticas terminem e que prevaleçam as boas”, sublinha Rosa Fernandes.
Para a representante do órgão máximo da praxe em Leiria, a Carta de Princípios, ajuda a preservar a tradição nas academias que a assinam, “tornando-a mais justa, idónea, sem discriminação de género, credo ou etnia e promove o respeito pelos direitos do homem”.
Cabe à comissão de praxe de cada estabelecimento de ensino da Academia de Leiria (formada pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Escola Superior de Saúde e Instituto Superior de Línguas e Administração) verificar o cumprimento da Carta de Princípios e, como consequência, assegurar que não haja abusos.
A TEV (Távola Elíptica Veterânica) e a Real Ordem Dom Dinis irão também supervisionar as praxes, com a ressalva de que não poderão controlar tudo o que se passa. Relativamente ao código da praxe de cada uma das academias, não há nenhuma alteração. “A carta de princípios surge como um complemento a este documento”, esclarece Rosa Fernandes.
Assim, cada academia continua a ser independente, regendo-se de acordo com o seu próprio código, mas trabalhando em conjunto.
Leiria esteve representada na cerimónia por Luís Miguel Távora, diretor da ESTG, José Carlos Gomes, diretor da ESS e Rui Matos, subdiretor da ESECS.
Marco disse:
Estamos em 2021 e lembrava-me de ter lido este artigo e os comentários. Entrei no politécnico em 2004. E sim, de fato em Leiria o traje era indissociável da praxe. Espalhavam essa crença e muitos caloiros sentiam-se forçados a participar só para não ficarem excluídos da vida académica. Quem ousasse praxar sem ter sido devidamente praxado era mal visto.
No meu curso apontaram a dedo uma caloira que se refugiou na casa de banho para evitar uma das praxes.
Não sei como funcionam as coisas hoje em dia, mas agora há mais informação.
Alexandre disse:
Nao é Real Ordem, mas sim Ordem D. Dinis e quem preside é Real D. Dinis, Zeca os alunos anti-praxe não podem praxar… como é óbvio… ,
Se calhar nao tiveste uma boa experiência de praxe mas tinhas os órgãos a quem te podias dirigir… (comissões, tevs, ordem)
Não está na lei… A PRAXE É TRADIÇÃO, sabes o que é TRADIÇÃO… o peso e o legado que tem… Como tudo na vida, há boas e mas pessoas, há bons e maus patrões, há bons e maus pais, há bons e maus governantes, há bons e maus praxistas….
Em relação à carta fico muito satisfeito por estas oito academias terem aderido à mesma, é um paso muito importante para a praxe a nível nacional e na nossa academia…
Com a evolução da nossa sociedade, existem valores que tem caído no esquecimento como a honra, virtude, humildade, disciplina, respeito e camaradagem, as vivências praxisticas tentam formar pessoas que respeitem esses valores…. daí a carta encaixa muito bem, servindo mesmo de complemento aos Códigos de Praxe.
Os meus parabéns as oito Academias, vamos trabalhar todos em prol de uma boa Praxe.
Mariana disse:
"A PRAXE É TRADIÇÃO, sabes o que é TRADIÇÃO… o peso e o legado que tem… "
LOL e porque é tradição temos de aceitar o que é estúpido? Bem eu pra além de não aceitar, não acho de todo normal ver pessoas da minha idade, meus colegas de curso a serem humilhados por iguais.
Sabes, felismente a sociedade e as pessoas evoluem. Acho rídiculo o argumento de que se deve preservar a tradição, quando esta é uma tradição no mínimo patética que teve origem nas escolas militares.
A faculdade representa o conhecimento, o espírito crítico e a camaradagem, e a praxe é uma manifestação clara do contrário, retrograda e mesquinha.
Rui disse:
oh mariana tá calada! sabes lá o que é a praxe!
Fernando disse:
Desculpa mas acho que não posso-te levar a sério… Desconfio que nem andes na universidade, já que nem 'felizmente' sabes escrever…
Zéca disse:
Real ordem?? que LOL.
Porque é que os alunos anti-praxe não podem trajar? Todos devem ter o direito ao traje, na minha opinião.
A maioria das praxes é literalmente uma palhaçada. Muito poucas são construtivas. Sou anti-praxe. Não tenho pachorra para aturar crianciçes, que nem piada têm. O pessoal anda a humilhar os outros, com o ódiozinho recalcado.. porque não podem humilhar quem os humilhou a eles, enfim. Disseram-me que eu tinha que ir não sei onde para ter o estatuto de anti-praxe. Quero lá saber do estatuto. É legal? está na lei? Não está.
Ana disse:
Começo por dizer-lhe desde já, que as praxes não são nenhuma palhaçada, se o senhor assim o entende é porque não sabe o verdadeiro significado da praxe e o que ela representa numa academia. Parece-me, também, que o ódio recalcado que fala no seu comentário não parte apenas dos trajados que praxam mas também de si. Como praxante, posso dizer que normalmente as pessoas que se consideram anti-praxes, são aquelas que se acham diferentes e que jamais se irão submeter às ordens de outra pessoas, são pessoas que não aceitam entrar numa fase da sua vida, são pessoas que não sabem distinguir a praxe da humilhação… é preciso saber-se distinguir estes dois conceitos. A praxe não tem como principal objetivo humilhar os novos alunos !
A praxe é o saber vivier uma vida académica, significa a camaradagem, a entreajuda, o convívio, a integração num ambiente novo…
Só quem a sente e quem a vive é que sabe, realmente, o que é a praxe e o que esta simboliza.
Rui disse:
Duas coisas , ou foste mal praxado ou mau caloiro. Simples. Queres trajar ? Eu praxei e não me arrependo mínimamente de tal e aliás dava TUDO para voltar ao ano de Caloiro! Trajar sem ir á praxe? Tu consegues uma licenciatura sem ir ás aulas ou exames ? Pois eu não. Tal como não se consegue traje sem ir ás praxes. Simples. E para finalizar , um bem haja aos meus praxantes e companheiros aos quais hoje chamo FAMÍLIA!
Joao disse:
Para que quer vestir o traje se nem foi à praxe nem se interessa por isso? E por acaso, qualquer pessoa pode vestir o traje, é só ir compra-lo, não sei é se vai ficar bem visto para quem lutou e merece usar-lo, para si o traje não vai significar nada, para quem foi caloiro e agora é doutor, o traje que veste é o orgulho e a recompensa por ter passado por vários sacrifícios. Quem fala sem saber, mais vale tar calado.
nospam disse:
obviamente, trajar n tem nada q ver com praxar. só um imbecil pode insinuar q um estudante não pode vestir o traje académico se for anti-praxe. é por causa de ignorantes como tu que a nossa comunidade académica é ridicularizada. nem sabes o que significa nem para que serve o traje. se fosses às aulas sabias, mas passas a vida na praxe…