Bem-disposto, simpático e brincalhão. Lucky tem apenas quatro meses, mas na sua curta vida conta já com uma grande história.
Muitos são os casos de animais despejados em contentores do lixo. Ainda na última semana, a Associação Protetora de Animais da Marinha Grande (APAMG) retirou dois hamsters de um contentor, que entretanto já foram adotados.
E a história de Lucky é parecida. Em maio passado, com poucas horas de presença no mundo, um pequeno cachorro foi encontrado dentro de um saco, num caixote do lixo, em Andrinos, na freguesia de Pousos, Leiria.
“O pequeno estava todo sujo e molhado e ainda tinha o cordão umbilical, devia ter nascido há poucas horas. Ao ver aquele pequeno cão tão indefeso, decidimos ficar com ele e tratá-lo”.
Inês Silva e a família não conseguiram abandonar o animal e levaram-no para casa onde, durante dois meses, foi alimentado com recurso a um biberão e papa de bebé. Mais. A cada duas horas mudavam a água de uma botija, para manter o cão quente e tapavam-no com um cobertor. A ausência da mãe e a incapacidade para se conseguir movimentar deixavam o animal arrefecer.
“O pequeno Lucky foi ficando mais forte e gordinho, começou a ficar engraçado e chegou até a gostar de andar de chupeta na boca. Parecia um bebé. Aliás, foi tratado como se fosse um”, diz Inês Silva. “Teve muita sorte ( lucky, em inglês). Hoje com quatro meses, é a alegria da casa”, explica.
A família tem outros cães, Lucky, que aparenta ser um labrador, adaptou-se facilmente. Partilha o espaço com os outros animais e diariamente dá um passeio na zona da Estação, em Leiria. Enérgico e brincalhão, possui uma pata grande e promete crescer mais um bocadinho. Lucky celebrou quatro meses no passado dia 6 e não resiste a uma almofada. “Adora roer”, revela Inês.
Leia o artigo na edição de 14 de setembro de 2012.
Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Anónimo disse:
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