Se dúvidas houvesse, ficaram desfeitas: quem é feliz vive mais e é mais saudável do que as pessoas infelizes. A conclusão resulta de um estudo desenvolvido por um grupo de investigadores da Universidade de Illinois, nos EUA, que analisou mais de 160 estudos sobre a temática.
“O bem-estar subjetivo – ou seja, o sentimento positivo sobre a vida, o não estar stressado, nem deprimido – contribui para a longevidade e para uma melhor saúde nas populações saudáveis”, acrescentam os investigadores, depois de constatar que “a ansiedade, a depressão, a falta de prazer nas atividades diárias e o pessimismo estão todos associados a taxas mais elevadas de doença e a uma vida mais curta”.
Para ajudar a contrariar essa tendência e combater as energias negativas, o melhor é mesmo libertar endorfinas – também conhecidas como hormonas do prazer. Quem pratica regularmente exercício conhece bem a sensação de bem-estar que sucede à atividade, fruto da produção destas substâncias naturais pelo cérebro, que chega a ser viciante e ajuda a reduzir o stresse e a ansiedade e a melhorar a autoestima.
Mexa-se contra a depressão
O exercício é por isso recomendado como bom remédio no tratamento de depressões leves.
Época privilegiada para tirar férias, o verão é propício para começar a correr, pedalar, nadar, caminhar ou ir ao ginásio. Se durante o ano, encontra na falta de tempo e na dificuldade de conjugar horários uma desculpa para não se mexer, aproveite o facto de estar com familiares e amigos, de não ter de olhar para o relógio e de passar mais tempo ao ar livre para praticar desporto.
Considerada “um potente libertador de endorfinas” – que funcionam como “opiáceo interno do organismo” -, a atividade física cria uma dependência saudável. Tantos as modalidades calmas como yoga, pilates, tai-chi, como outras, um pouco mais exigentes, podem ajudar a aliviar o stresse e a tensão acumulados. Agindo como fator de prevenção, qualquer atividade, mesmo que ligeira, desencadeia efeitos positivos imediatos, diminui a dor, influencia o humor e contribui para uma vida mais feliz e equilibrada.
Comece por definir um plano à sua medida e tome um reforço de motivação e perseverança, para não desistir nas primeiras semanas de treino. Ao fim de três ou quatro semanas, registará os primeiros resultados. Além das mudanças estéticas, notará melhorias ao nível do desempenho físico e uma outra disposição. Quase sem dar por ela, beberá mais água e cuidará melhor da sua alimentação, aspeto que não pode ser descurado para garantir uma vida saudável.
Mente sã, corpo são
Quem treina o corpo, deverá também manter o cérebro ativo e alerta.
“A estimulação cognitiva é o elemento central da produção de novos neurónios e sinapses [conexões] entre os neurónios”, considera o psicólogo Óscar Gonçalves, citado num artigo da Health & Wellness. “O cérebro, à semelhança dos músculos [embora estes tenham uma maior plasticidade], necessita de estimulação para se manter em forma. Os neurónios, tal como os músculos, estão dependentes da ativação constante”, explica o especialista, considerando que a inatividade do cérebro provoca uma “atrofia das estruturas e, por conseguinte, uma diminuição da sua funcionalidade”.
(Notícia publicada na edição de 24 de agosto de 2012)