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Grupo EST ajuda aldeia do Huambo a ter energia e água potável

Solução inovadora para comunidades rurais de baixos rendimentos foi desenvolvida pela empresa participada Rvesol e já está a funcionar no Quénia. Evita doenças e defende o meio ambiente.

Chama-se Kudura e é uma solução de energia para comunidades rurais subdesenvolvidas que o Grupo EST, de Leiria, está a lançar em Angola.

Criado pela Rvesol, uma empresa participada, o sistema assegura a produção renovável e segura de energia e água potável junto de populações com baixos rendimentos. Substitui a lenha, carvão e querosene por eletricidade solar e biogás, fornecendo ainda fertilizante orgânico, explica Vivian Vendeirinho, responsável pela Rvesol.

Com isto, evitam-se doenças, defende-se o meio ambiente, fomenta-se um modo de vida sustentável e libertam-se os habitantes das aldeias para atividades produtivas na agricultura.

A solução Kudura já funciona no Quénia e implica um investimento médio de 75 mil euros para uma comunidade de cem pessoas, que se paga ao fim de 12 a 15 anos com receitas próprias. Em breve, 60 mil euros poderão chegar para abastecer uma centena de casas e 500 pessoas. Nesta fase, o cliente preferencial é o Estado.

“A nossa entrada é sempre pelos ministérios. No futuro, a ideia é oferecer este tipo de equipamentos através dos bancos de investimento”, diz Vivian Vendeirinho.

Em maio, a Rvesol esteve em Angola e despertou o interesse do governo do Huambo, que está a validar o projeto para uma povoação da província. Mas de muito mais se faz a atividade da EST em Angola, conforme lembra a administradora Carolina Rodrigues.

Desde há sete anos no país, através da Estpor, o Grupo de Leiria presta serviços de eletricidade industrial e de­dica-se também à distribuição de material elétrico. Criou entretanto outra empresa, a Greenest, na promoção imobiliária.

Com presença em Luanda e Viana, soma cerca de 40 colaboradores e clientes como a Sonangol, Chevron e Secil. Neste momento, o maior projeto envolve o fornecimento de soluções para cinco novas centrais elétricas.

Carolina Rodrigues recomenda “paciência e persistência”, lembrando os contratempos com vistos e transferência de capitais, as viagens caras, as rendas elevadas e com adiantamentos de um ano. Mas não duvida que Angola “é um país apaixonante”. No roteiro da EST, segue-se Benguela.

(Esta notícia integra o Especial Leiria em Angola, publicado publicado na edição de 19 de outubro de 2012)

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