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Sociedade

Municípios da SIMLIS pagam caro para tratar água da chuva

São largas centenas de milhares de euros por ano que Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Leiria e Ourém pagam todos os anos para tratar água da chuva como se de esgoto se tratasse.

São largas centenas de milhares de euros por ano que Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Leiria e Ourém pagam todos os anos para tratar água da chuva como se de esgoto se tratasse.

A fatura é apresentada pela SIMLIS – Saneamento Integrado dos Municípios do Lis, S.A , mas tudo indica que o grosso do problema radique nos sistemas de águas residuais (esgotos) em baixa, responsabilidade dos municípios. No último ano, cada metro cúbico de efluente entregue pelos municípios à SIMLIS foi faturado a 0,6756 euros. E um ano mais ou menos chuvoso pode fazer toda a diferença.

No final do dia aberto da ETAR de Olhalvas, dia 19, Filipa Alves, admi­nistradora-delegada da SIMLIS, admite que na altura em que a rede em baixa dos municípios estiver concluída e renovada – desaparecendo os sistemas que juntam águas residuais e pluviais -, “imagino que haja sempre oscilação”.

No relatório e contas de 2011, transparece uma queda na ordem dos 11% (1,4 milhões de metros cúbicos, cerca de 900 mil euros) do efluente tratado em relação a 2010: devido “em parte, à redução da pluviosidade verificada durante o ano”.

Esta oscilação motiva a adoção de um novo sistema de faturação: a SIMLIS pretende cobrar “os proveitos permitidos”, isto é, o suficiente para assegurar o funcionamento do sistema, amortizar o investimento (110 milhões de euros desde 1999), o serviço da dívida e o défice tarifário que, em 2011, rondava os 14,5 milhões de euros.

(Notícia publicada na edição de 26 de outubro de 2012. Adquira-a online aqui)

Carlos S. Almeida
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt

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