A atribuição de despesas de representação de 700, 285 e 181 euros mensais ao diretor municipal, diretores de departamento e chefes de divisão, respetivamente, na Câmara e SMAS, foi amplamente discutida na última Assembleia Municipal, antes de aprovada por maioria.
A argumentação de que, em 1999, a AML aprovou a concessão desses abonos, idênticos aos da Administração Central (AC), de que a decisão dessa atribuição passou para as mãos das assembleias, e de que os dirigentes a nível local devam ter tratamento idêntico aos da AC, não convenceu porém a oposição.
Clarisse Louro, do PSD, questionou a legitimidade e moralidade da medida, face às dificuldades financeiras da autarquia e cortes nos rendimentos dos seus funcionários. Domingos Carvalho, independente, considerou “chocante” um complemento de 700 euros “nos tempos que correm”, enquanto José Francisco, do CDS-PP, defendeu o pagamento de despesas apenas mediante apresentação de comprovativos.
Ana Elisa Santos, do PS, acusou por sua vez o PSD de demagogia e recusou “a criação de exceções” na administração local face à AC.
Já António Sequeira desafiou a AML a apresentar uma proposta para acabar com as despesas de representação no Governo, o que não sucedeu.
(Notícia publicada na edição de 21 de dezembro de 2012)