Numa discussão em torno do projeto “Fátima Cidade Natal”, a Assembleia de Freguesia da cidade religiosa manifestou-se desiludida com o rumo que a iniciativa tomou, sobretudo este ano.
“Achámos sempre difícil avançar com este projeto sem o envolvimento do Santuário de Fátima”, comentou o presidente da Junta, Natálio Reis.
Em vários pontos da cidade estão expostos presépios criados nos últimos três anos, feitos sobretudo com materiais reciclados. Sem iluminações e sem pista de gelo, o aspeto do projeto levantou dúvidas aos vogais do executivo.
“Não sei se não será altura de repensar e ver se há condições para continuar”, comentou Natálio Reis, afirmando que sempre achou que havia condições para fazer de “Fátima Cidade Natal” uma marca.
Já a vogal Rita Oliveira defendeu que “o conceito devia ser mais explorado e com o apoio do Santuário”. “O que temos é muito pobre, mesmo da parte do Santuário. Isso não traz as pessoas cá”, lamentou, sublinhando todo um programa de Natal pouco atrativo.
Em defesa do município, esteve o vogal Alberto Caveiro, que tendo participado no projeto destacou que “não foi por falta de reuniões que o Santuário não aceitou”.
A instituição religiosa foi sempre repudiando as sugestões do município, que optou mesmo assim por avançar, adiantou. Em anos anteriores houve apoios comunitários, o que não foi possível este ano. “Mas nos presépios já se vê algum trabalho, são presépios muito bons. Não podemos deixar morrer” o projeto, defendeu.
Cláudia Gameiro
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