Desde que ganharam o ZUS!, no Castelo de Leiria, são a banda de quem mais se fala em Leiria. Os First Breath After Coma (nome vem de uma música dos Explosions in the Sky) continuam a sua escalada acelerada, que neste sábado os leva até ao palco do Clube Ritz: são uma das quatro bandas finalistas do Festival Termómetro, organizado por Fernando Alvim.
A presença na final aconteceu por repescagem, por serem um dos segundos melhores segundos classificados das eliminatórias, mas isso não retira confiança aos First Breath After Coma (FBAC). Vão tocar a Lisboa para ganhar e garantir, pelo caminho, o passaporte para o Festival Optimus Alive.
Entretanto, sábado é possível ver a banda de Roberto Caetano, Telmo Soares, Rui Gaspar, Pedro Marques e Isabel Santos em direto do Clube Ritz. A final do Termómetro é transmitida em direto a partir das 22h30 no MEO Kanal oficial do Festival Termómetro (botão verde do comando + 180217).
O que representa estar na final de um festival com a tradição do Termómetro?
Para nós, desde o início, participar neste festival representou acima de tudo uma oportunidade de tocar em lugares diferentes para chegar a novas pessoas. Chegar à final é muito gratificante porque sabemos que vamos partilhar o palco com vários projectos de grande qualidade, como já tem sido habitual no Termómetro.
Qual é a vossa expectativa para esta final?
A ambição é ganhar, como qualquer outra banda na final. Mas para além disso temos a responsabilidade de garantir uma boa atuação, a partir daí a decisão está nas mãos dos jurados. No entanto, não ganhar o festival não representa de modo nenhum um travão no nosso crescimento enquanto banda.
Foram apurados por repescagem. Partem em desvantagem por isso? Vão mudar a “tática” para convencer o júri?
Não sabemos se o júri é o mesmo que foi na eliminatória. Mas de qualquer modo, se fomos repescados foi porque acharam que merecíamos, por alguma razão, estar na final. A tática (se é que existe alguma tática) é a mesma para todos os concertos: ir para o palco e fazer o que mais gostamos de fazer.
Os FBAC apareceram muito recentemente e têm dado bastante que falar. Se, ainda por cima, vencerem o Termómetro, ganham o direito a tocar no Optimus Alive. Estavam à espera disto? Até onde é que querem ir? Querem mesmo só ir até ao Festival Paredes de Coura?
Ir tocar ao Optimus Alive foi um anúncio recente do Termómetro, como eram já tantos os prémios, não esperávamos mais outro, claro. Mas é uma oportunidade excelente para o vencedor. O Paredes de Coura surge sempre à conversa porque já há vários anos que é uma das causas para o crescimento do nosso gosto pela música, logo representa muito para nós. Claro que os objetivos vão mais longe que isso. Depois de dar a conhecer o nosso trabalho por todo o país, ir para fora em digressão e mostrar a nossa música pelo mundo é sem dúvida um sonho de todos.
Há novidades quanto ao disco?
Ainda não existem datas definidas, mas o single já foi gravado e sairá muito brevemente, dentro de alguns dias talvez. Em relação ao disco, está previsto irmos para estúdio entre Fevereiro e Março, portanto será para breve também.
Para quem não sabe quem são – ou não ouviu – os FBAC: qual é a melhor definição para a vossa música?
Temos várias influências de bandas de pós-rock, um género habitualmente instrumental. Acabámos por tentar introduzir vozes nesse conceito. Como é óbvio temos tantas outras influências para além dessa que acabou por resultar em algo um bocado diferente. Mas talvez para facilitar uma definição, é assim que costumam descrever a nossa música: um pós-rock cantado.