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Desporto

Ironman: "Atletas de ferro" testam limites do corpo humano

Nadar, pedalar e correr ao longo de 226 km é só para “homens de ferro” (ironman, em inglês). Na região há quem pratique a modalidade e some títulos mundiais na atividade

Janeiro é o início da época. Primeiro duatlo, depois triatlo e lá para o verão chega o grande desafio: triatlo longo. As primeiras provas são para ganhar ritmo: nadar, pedalar e correr durante horas. Nove a dez para profissionais, perto de 15 horas para amadores.

Sérgio Dias, atleta natural de Peniche

Quem pratica Ironman (“homem de ferro”, traduzido do inglês), também denominado triatlo de longas distâncias, aventura-se numa das mais complexas provas do mundo. Além do elevado nível de dificuldade, a modalidade testa os limites físicos dos participantes e exige-lhes total entrega mental.

Na região há, pelo menos, dois atletas que se sagraram campeões mundiais em 2012. E este ano assumem querer repetir a conquista.
Sérgio Dias, 35 anos, teve o primeiro contacto com o triatlo em 1998. Um grupo de amigos convidou-o para uma prova em Peniche, onde viveu na adolescência. Ficou “responsável” pela parte da natação e o “bichinho” ficou. “Curiosamente é o meu segmento mais fraco até aos dias de hoje”. A corrida é onde se sente mais confortável.

Já o ciclismo é o preferido de Márcio Neves, 29 anos. “É onde ultrapasso mais atletas e me motivo mais”, explica. Compete pelo Peniche Amigos Clube (PAC) e sagrou-se campeão mundial na categoria 25-29 anos, na mítica prova de Ironman no Havai, nos Estados Unidos da América, em outubro passado.

Márcio Neves, atleta do Peniche Amigos Clube

Satisfeitos com a dimensão que o triatlo começa a adquirir no país, ambos lamentam a falta de apoios e o reduzido reconhecimento. “A modalidade acaba por ser mais reconhecida pela dureza em detrimento do mérito e qualidade dos seus atletas”. Então o que falta? Mostrar que entre as várias distâncias, em triatlo e duatlo, “a modalidade está ao alcance de todos”. “Correr e pedalar todos sabem. Com presença regular em duatlos, mais tarde ou mais cedo, vão querer experimentar um triatlo também”, considera Márcio Neves. “Quem experimenta fica viciado”, garante, Sérgio Dias.

Leia a reportagem na íntegra na edição de 17 de janeiro de 2013. Saiba, por exemplo, qual a rotina dos atletas no dia a dia. Pode adquirir o jornal online aqui.

Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

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