Há muito que se sonhava em Leiria com uma banda assim. Algo que aglutinasse o melhor talento das filarmónicas do concelho, projetando o trabalho feito por quem, em alguns casos há mais de um século, forma músicos e faz música. Sábado, o sonho concretiza-se com a subida ao palco do Teatro José Lúcio da Silva da Banda Sinfónica da Associação de Filarmónicas do Concelho de Leiria (AFCL).
“Estaremos a fazer história no sentido em que será a primeira vez que se apresenta uma banda formada por músicos selecionados, através de provas, das 11 bandas do concelho, representando um nível artístico seguramente acima da média das nossas bandas”, assume Alberto Roque, maestro da Sociedade Artística Musical dos Pousos e um dos entusiastas da ideia.
Alberto Roque e Paulo Salgado, da filarmónica do Soutocico, são os primeiros diretores artísticos da Banda Sinfónica, direção que alternará pelas bandas do concelho. Na Sinfónica só podem tocar músicos das filarmónicas.
Para a estreia foram escolhidos 50 instrumentistas das 11 filarmónicas representadas: Arrabal, Bajouca, Bidoeira de Cima, Caranguejeira, Chãs, Cortes, Maceira, Marrazes, Monte Redondo, Pousos e Soutocico.
Àqueles 50 músicos, juntam-se alguns convidados para os lugares não preenchidos nas provas de seleção. A Banda Sinfónica contará para esta primeira atuação com a direção do convidado Jean Sebastien Béreau, maestro francês que, em Portugal, se tem dedicado a dirigir, por exemplo, a Banda Sinfónica da GNR e a Orquestra de Sopros da Escola Superior de Música de Lisboa.
O concerto de Ano Novo é sábado, às 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva. Os bilhetes custam 5 euros.
Leia a reportagem completa sobre a Banda Sinfónica da AFCL na edição de 3 de janeiro de 2013. Pode adquiri-la online aqui.
Filipe Gonçalves disse:
Mais um projecto em Leiria que coloca músicos a tocar de forma gratuita!! Por isso é que por muito que queiram, nunca vão conseguir juntar os melhores músicos de Leiria, pois esses lutam todos os dias pelas suas carreiras profissionais, e felizmente são muitos os que conseguem, sabem porquê? Porque nos restantes distritos do país pagam de forma decente para que seja possível para os artistas continuar a investir no seu percurso.
Se todo o país fosse como Leiria, não havia músicos profissionais, mas sim um bando de amadores.