Desde o início do ano, fecharam 20 empresas ligadas ao sector da restauração no concelho da Marinha Grande e outras 15 no concelho de Porto de Mós.
O mesmo se passa noutros pontos do país. As contas são do MNER (Movimento Nacional de Empresários de Restauração), que promete levar a cabo um levantamento exaustivo sobre o impacto do IVA no sector.
Para já, fica o primeiro balanço, que indicia “a destruição de um sector vital para a economia”, aponta a direção do MNER.
A nível nacional, no mês passado, “encerraram cerca de 2.000 empresas direta ou indiretamente ligadas ao sector” e “30 a 40 mil trabalhadores foram para o desemprego”, garante o movimento, que mantém de pé a possibilidade de pedir a inconstitucionalidade do IVA aplicado à restauração.
Recorde-se que o imposto subiu de 13% para 23% em 2012, o que corresponde a um agravamento de 77%.
“Este aumento fiscal, tendo ocorrido num contexto de forte contração de mercado, forçou a grande maioria das empresas, impossibilitadas de aumentar o preço de venda ao público, a absorver o aumento do IVA, incorporando-o como um custo”, salienta o MNER.
De acordo com uma nota à imprensa emitida pelo movimento, desde o início da crise financeira, em 2008, que as vendas e margens de lucro estão “a cair de forma acentuada” na restauração. Desde julho do ano passado, “a situação, piorou” e a retração nas vendas é já superior a 30%.
Os membros da direção do MNER informam que o sector movimenta 7 mil milhões de euros anuais e vale 60% do volume de negócios do turismo em Portugal.
(Notícia publicada na edição de 7 de fevereiro de 2013)