O escultor Joaquim Correia, da Marinha Grande, morreu ontem, quarta-feira, aos 92 anos de idade. O funeral realiza-se amanhã, pelas 14h30, na Igreja Paroquial da Marinha Grande, seguindo depois para o cemitério municipal.
Segundo informação da Câmara Municipal, o corpo do escultor marinhense ficará em câmara ardente, a partir das 14h30, no Museu Joaquim Correia.
O executivo municipal cumpriu hoje de manhã, em reunião de Câmara, um minuto de silêncio e aprovou um voto de pesar em homenagem ao artista. A bandeira do município foi ainda colocada a meio haste.
Neto e filho de uma família de mestres vidreiros, Joaquim Correia, figura incontornável da Marinha Grande, nasceu a 26 de julho de 1920.
Estudou em Leiria, tendo contactado com vários professores-artistas, entre os quais os escultores Luís Fernandes e Narciso Costa e os pintores Miguel Barrias e Lino António.
Em 1940, ingressou na Escola Superior de Belas Artes, no Porto, onde frequentou o 1º ano do curso superior de escultura, tendo concluído os restantes anos do curso em Lisboa onde foi discípulo do escultor José Simões de Almeida (Sobrinho). Completou a sua formação de escultor nas oficinas dos mestres Francisco Franco, Salvador Barata Feyo e António Duarte.
Foi membro da Sociedade Nacional de Belas Artes da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Sociedade de Geografia de Lisboa, diretor da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, presidiu à comissão instaladora do Museu Nacional do Vidro e foi comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada e “Des Arts et Lettres” de França.
Autor de numerosas estátuas, baixo-relevos e medalhas que figuram em lugares públicos e privados em Portugal e no estrangeiro, está representado nos Museus Nacionais de Arte Contemporânea de Lisboa, de Soares dos Reis no Porto, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, e em várias colecções nacionais e estrangeiras.