Os casos de furto de cobre no distrito de Leiria são muito preocupantes. A prova disso está nos estudos da área das telecomunicações, que o classificam sempre entre o 3º e o 9º lugar com piores resultados a nível nacional, seja no número de furtos e clientes afetados, prejuízos ou outros parâmetros.
Por exemplo, é o terceiro pior distrito entre os sete que apresentavam uma tendência de agravamento da situação em 2012, ficando apenas atrás do Porto e Santarém, segundo a Apritel.
No caso da rede elétrica, o panorama não melhora. Os dados da EDP indicam que, entre 2009 e 2012, a “maior incidência de furtos regista-se nos distritos situados na parte litoral do território com relevância”, entre outros, para Leiria (13%, 1.964 casos).
Em 2012, a incidência é “mais a norte do país”, mas o distrito (12%, 639 casos) mantém o 3º pior resultado. A EDP não disponibilizou os prejuízos causados localmente, mas no total nacional ascenderam a 38,5 milhões de euros entre 2009 e 2012 (aplicando a percentagem dos furtos tem-se uma ideia aproximada para a região).
Nas infraestruturas da REN registaram-se apenas 50 furtos no país nos dois últimos anos.
E nem a rede ferroviária escapa. No distrito, o número de casos subiu de 10 para 12, no mesmo período, com graves implicações na circulação. No total, a Refer registou uma quebra no número de ocorrências (de 407 para 395), e um prejuízo de um milhão de euros em 2011. Neste ano foram afetados 1.290 comboios, provocando atrasos de 620 horas.
(Este texto faz parte de uma reportagem alargada publicada na edição de 14 de março de 2013. Pode adquiri-la online aqui)