Anáisa (António Cova) e o mordomo Anastácio Pires (Luís Nuno) foram ao Festival Alternativo da Canção no final de abril e trouxeram para Leiria o terceiro lugar.
O projeto-choque de Leiria ficciona a tragédia de Anáisa, famosa cantora lírica e exímia tocadora de harmónio, que, no dia do casamento, em 1997, sofreu um brutal acidente de viação.
No regresso à boda, após sessão fotográfica na praia, o pior aconteceu: o carro em que seguia com o seu noivo, despistou-se e embateu num pinheiro… O pinheiro partiu-se.
Miguel Antunes, o noivo de Anáisa, morre. Ela sobrevive, mas fica bastante incapacitada, desfigurada e afetada ao nível dos maxilares.
Na promessa de vingar o desejo do seu falecido noivo, renascida das cinzas, resolve voltar a pisar os palcos para que fique comprovado o valor da sua divina voz. É mais ou menos isso que tem acontecido pontualmente em Leiria e voltou a suceder em Lisboa, na Academia de Recreio Artístico, numa performance que impressionou todos os presentes e o júri do concurso.
Apesar disso, no final, António Cova estava frustrado com o último lugar do pódio:
“Vou voltar todos os anos até ganhar… Não foi justo e todas as caras lindas do júri não tiveram a sensibilidade necessária perante a tragédia que acompanha a Anáisa. Para o ano voltará a concorrer e fará tudo para que ocorra um ataque cardíaco em plena atuação, mas não morrerá pois o Anastácio, seu mordomo, realizará respiração ‘boca a boca'”, antecipa o artista.
Na edição deste ano do festival organizado por Fernando Alvim concorreu também outro artista de Leiria, Schmitt, que se apresentou como “O Conquistador”.