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Cultura

João Santos: o homem por detrás do órgão de tubos do Santuário

Começou a tocar órgão porque fazê-lo era atingir o inalcançável. João Santos tem 34 anos, é natural de Colmeias e tornou-se o organista titular do Santuário de Fátima.

(João Santos, aqui ao órgão da Sé Catedral de Leiria)

 

Começou a tocar órgão porque fazê-lo era atingir o inalcançável. João Santos tem 34 anos, é natural de Colmeias e tornou-se o organista titular do Santuário de Fátima.

Juntamente com dois colegas, executa a rotina musical que acompanha as celebrações religiosas e, a partir deste mês e até outubro, os peregrinos poderão assistir a concertos musicais de órgão de tubos, no recinto de oração.

João Santos

Ainda que com frequência a plateia de João Santos se estenda por todo o santuário, o músico refere que o ponto alto da sua carreira foi tocar o órgão de tubos na igreja católica de Westminter, em Inglaterra, num concerto de meia hora.

Trabalhar como organista titular no templo de Fátima pode não ter aberto a porta para tal oportunidade, mas reconhece que pode ajudar nalgumas situações.

Na busca por novos desafios, tem participado em concursos um pouco por toda a Europa, onde contacta com figuras lendárias daquele
mundo. Na Holanda, por exemplo, encontrou o órgão de tubos mais estimulante da sua vida. Uma peça de 1725, com 20 metros de altura, “luxuriante”.

“Somos capazes de estar meia hora só a olhar para ele”, explica.

No Santuário de Fátima, a multidão que o ouve nas grandes peregrinações já o fez viver momentos de adrenalina. Mas hoje, a sala do órgão, perto da entrada da Basílica antiga, é um “microcosmos” e a janela que mostra as multidões do recinto é esquecida no momento da atuação.

“É uma responsabilidade”, comenta. “Tudo o que faço aqui é sempre objeto de modelo ou de crítica, por todo o país”.

Cláudia Gameiro
claudia.gameiro@regiaodeleiria.pt


Secção de comentários

  • Manuel da Costa disse:

    Gostaria de saber a história dos dois órgãos históricos cujas carcassas se encontram despidas dos tubos da fachada, e ali tristemente expostas. Onde param esses tubos? Terão ido para a sucata? Como pode a Sé despojar-se desses instrumentos, em troca de um outro "enfiado num buraco"? Ver para crer no que a este respeito está escrito:: http://molhobico.blogs.sapo.pt/36687.html

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