Num abrir e fechar de olhos, os grupos de corrida do NEL – Pédatleta atravessam a cidade e chegam à Igreja de Nossa Senhora da Encarnação. No dia em que o REGIÃO DE LEIRIA acompanhou o grupo, participaram 144 pessoas, entre a caminhada e a corrida Fotos: Joaquim Dâmaso
É num ambiente muito descontraído que mais de uma centena de pessoas se concentra todas as quartas-feiras na praça Rodrigues Lobo, em Leiria. Do nada, a praça começa a encher com pessoas de todos os escalões etários e pontos da região. Querem divertir-se enquanto andam e correm no centro de Leiria.
A ideia surgiu depois de um grupo do NEL Pédatleta participar na Scalabis Night Run, em Santarém. Adotou a ideia e transportou-a para Leiria. Assim, todas as quartas-feiras, pelas 21h30, um grupo de pessoas que gosta de correr, ou caminhar, põe em ação a Brisas do Lis Night Run.
“Acontece tudo de forma muito informal, com o objetivo de trazer mais praticantes a uma atividade que lhes dá muito prazer”, conta Luís Subtil, um dos elementos da organização surpresa com uma elevada adesão. Por enquanto, o número de aderentes é “gerível” mas, se evoluir, equacionam-se outros dias e outros grupos.
“É uma boa forma de sair de casa e aliviar o stress. Mesmo que não se conheça ninguém, há sempre um grupo à nossa espera”, diz Rosário Barros, uma presença frequente no grupo de corrida. Faz-se acompanhar pelo Trincas, o cão, e procura um “convívio gratuito e informal sem carácter competitivo”. Aproveita para praticar exercício e desanuviar.
O convívio dura uma hora e, para que ninguém se perca, tem início sempre na praça no centro da cidade à mesma hora. Um speaker chama o grupo, deixa pequenas dicas e lança um desafio: “Se estão em dúvida quanto ao grupo que vão escolher, caminhada ou corrida lenta, arrisquem na corrida. Vocês conseguem”.
O grupo parte a pé, em conjunto, até ao Terreiro, com passagem pela Sé de Leiria e a rua Direita. Depois, divide-se em três – caminhada, corrida lenta e corrida rápida – e cada um segue o seu trajeto, que varia entre os 5 e os 12 km.
Os percursos não estão definidos, são criados no momento, ao gosto do guia (elemento que segue na frente do grupo). Existe apenas um ponto de passagem (quase) obrigatório: a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação. “É o ponto alto na corrida. Chegar lá acima é um orgulho e uma conquista. Para quem o faz pela primeira vez e para quem semanalmente participa”, refere Luís Subtil. No cimo, há tempo para recuperar energias, beber um pouco de água, pôr a conversa em dia entre alongamentos e planear o regresso. A competição fica fora da “convocatória” e a corrida também não serve para treino de trail.
“Vamos correr ou caminhar, com bom ambiente e espírito para que todos completem a volta a um ritmo razoável”, explica.
No final, todos voltam à praça, o local de partida. Daquela noite e… de todas as quartas-feiras, pelas 21h30.
(Artigo publicado na edição do dia 16 de maio de 2013)
Marina Guerra
Jornalista
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso
Fotojornalista
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt