Seis veados nascidos no cercado do Sítio da Nazaré habitam agora a Tapada Nacional de Mafra. A cedência foi feita pela Câmara da Nazaré a pedido daquela cooperativa de interesse público, que tem por objeto a investigação e preservação da fauna e da flora e a educação ambiental.
Esta não foi a primeira vez que a Câmara da Nazaré cede cervídeos a outras entidades. Em setembro de 2011, a autarquia cedeu também três veados para a Câmara de Lamego.
A saída de veados do cercado do Sítio da Nazaré tem sido uma constante desde a sua criação, em 2005, e prova “o crescimento exponencial” da espécie no pinhal de Nossa Senhora da Nazaré, propriedade da Confraria.
A saída dos primeiros veados começou em junho de 2011 com a realização de uma hasta pública. Mas a mesma acabou por ficar deserta, dados os requisitos exigidos para a compra: ter alvará de criador passado pela Autoridade Florestal Nacional, possuir transporte adequado e ter um médico veterinário responsável.
Numa segunda venda, também em hasta pública em outubro do mesmo ano, foram vendidos 11 veados para uma unidade hoteleira em Portel, e uma quinta em Ourém. Ao todo, saíram já da Nazaré 20 cervídeos, nove deles cedidos gratuitamente. Os restantes 11 foram vendidos por 3.050 euros.
Evocar a lenda de D. Fuas Roupinho e fazer uma aposta ambiental foram, na altura, os vetores que presidiram à criação do cercado com cerca de seis hectares, uma parceria entre a autarquia e a Confraria, proprietária do pinhal.
Além desta associação à lenda, o projeto revelou-se, segundo o presidente da câmara, uma aposta ganha do ponto de vista ambiental, com “o desenvolvimento de uma avifauna que já permitiu, por exemplo, o avistamento de esquilos”.
Artur Ledesma
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