Várias comunidades de peixes habitam já os recifes artificiais colocados em 2009 na costa da Nazaré, entre a foz do rio Alcoa e a Praia do Salgado, anunciou a autarquia.
Em três anos, os recifes artificiais, estruturas de betão colocadas a uma profundidade entre os 20 e os 23 metros, foram adotadas por várias comunidades piscícolas, notam as monitorizações feitas às estruturas instaladas no fundo do mar.
A colonização do sistema recifal artificial está a ocorrer com rapidez: os estudos científicos estimam em 8 anos a maturação do sistema, que procura imitar algumas das características dos recifes naturais.
O aumento da produção biológica, a diversificação das espécies e a criação de abrigo para os juvenis são os objetivos deste projeto, pioneiro na costa ocidental portuguesa.
A colocação destes recifes resulta de um projeto elaborado pela Câmara da Nazaré, no âmbito do projeto “Viver o Mar”, em que participam os parceiros científicos Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) e Instituto Politécnico de Leiria (IPLEI).
A problemática da diminuição dos recursos pesqueiros, resultante da sobre-exploração, a diversidade de artes de pesca e a baixa seletividade muitas vezes associada a esta atividade, estiveram na base da adoção deste instrumento de gestão integrada dos ecossistemas marinhos e das atividades relacionadas com a exploração dos recursos pesqueiros e energéticos.