São uma espécie de agulha no palheiro: empresas jovens e com elevados ritmos de crescimento, capazes de se afirmar pela diferença, competitivas e geradoras de sucesso a um ritmo acelerado. De acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), o conceito aplica-se a 53 empresas na região, que justificam o título de gazela. O maior número encontra-se no concelho de Leiria.
É a primeira vez que a CCDRC realiza este levantamento. Os critérios são claros: empresas nascidas a partir de 2003; faturação igual ou superior a 500 mil euros no ano de 2011; pelo menos 10 trabalhadores; crescimentos do volume de negócios superiores a 20% ao ano em 2009, 2010 e 2011.
No distrito de Leiria há 15 empresas gazela. Incluindo a Fopelda, que detém a marca Panetto. Nascida em plena crise (2008), está à beira de entrar no mercado da Polónia com o Grupo Jerónimo Martins. A empresa de Leiria inovou no negócio da panificação industrial, ao especializar-se em pão de forma no segmento da comida saudável.
Com capacidade para produzir 5.500 pães por dia, a Fopelda fornece todas as grandes cadeias de supermercados e hipermercados em Portugal, exceto o Grupo Sonae. Faturou milhão e meio de euros no ano passado, um crescimento de 60%. E espera chegar aos 2,5 milhões de euros em 2013.
O que explica estes resultados? Segundo Paulo Carvalho, administrador da Fopelda, há uma combinação de fatores em que o mais importante é o esforço.
“É o produto de muito trabalho, não só da administração como de uma equipa bastante dinâmica”, afirma. Depois, vale a capacidade de inovar. “A economia mudou e a sociedade mudou, mas alguns empresários recusam a mudança”, observa Paulo Carvalho.
“A grande diferença é que não temos concorrência neste segmento. Temos produtos que não existiam no mercado”, completa.
Cláudio Garcia
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt
Leia a reportagem na íntegra na edição de 23 de maio de 2013.