As obras de reparação do sistema público de regadio do Vale do Lis arrancaram no início de junho e estão avaliadas em 380 mil euros, a suportar pelo Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos.
Além da reabilitação dos canais de rega, a empreitada contempla a eliminação dos rombos nos diques e a reposição das estruturas de defesa contra cheias, explicou Henrique Damásio, da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis.
De acordo com o gestor da associação, há atualmente 600 hectares de propriedades agrícolas onde as culturas são “prejudicadas todos os dias pela falta de disponibilidade de rega”, com efeitos na “produtividade e rendimento da terra”, uma consequência do mau tempo registado no fim de semana de 30 e 31 de março deste ano.
O período de conclusão desta empreitada decorre até ao final do mês de junho, disse Henrique Damásio, esperançado no cumprimento dos prazos.
No balanço do temporal, em março, o presidente da Associação de Regantes, Uziel Carvalho, dava conta de cinco rombos nos diques do Lis e seus afluentes, os mais graves na Passagem e na zona do Açude das Salgadas, que danificou um troço de estrada.
Na altura, Uziel Carvalho disse tratar-se do maior conjunto de prejuízos no sistema de regadio provocado em décadas pela subida das águas e relacionou a obstrução na foz do rio com a obra da Ponte das Tercenas, na Praia da Vieira, concelho da Marinha Grande.
Com o arranque das obras, uma parte do problema começa a resolver-se. Para mais tarde, fica a reparação de equipamentos danificados pela água.
(Notícia publicada na edição de 6 de junho de 2013)