São aves frequentes na nossa costa, mas é mais frequente avistá-las junto ao mar do que nos telhados dos núcleos urbanos.
Contudo, a onda de calor que atingiu o país nos últimos dias, levou as gaivotas a escolher os topos das casas como ponto de refúgio.
A situação registou-se em Peniche, mas também em Lisboa, Porto, Setúbal ou Portimão e o fenómeno está a aumentar com a atual vaga de calor, disse à agência Lusa um especialista da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), numa nota divulgada pelo jornal Expresso.
O fenómeno das gaivotas viverem cada vez mais nas cidades costeiras de Peniche, Lisboa, Porto, Setúbal ou Portimão já se regista há cinco ou dez anos, mas acentuou-se com a atual vaga de calor, admitiu Domingos Leitão, especialista em ecologia de aves e diretor do Departamento de Conservação da SPEA.
“Tendo em atenção a época do ano em que há juvenis voadores, gaivotas com pouca experiência que nasceram este ano, e também tendo em atenção o calor elevado que se faz sentir neste momento e que provoca o cansaço aos animais e os faz sofrer com o calor, é mais frequente que as pessoas detetem que têm gaivotas no prédio onde vivem, nos telhadas das casas, na rua ou no quintal”, explicou aquele especialista.
O fenómeno também já se registou em Leiria, onde algumas gaivotas foram avistadas, sobretudo na zona da Barosa, também pela proximidade do aterro sanitário.