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Comunidades piscícolas ocupam recifes artificiais da Nazaré

Sargos e fanecas, entre outras espécies, são os principais habitantes dos recifes artificiais instalados entre a foz do rio Alcoa e a praia do Salgado, na Nazaré.

Sargos e fanecas, entre outras espécies, são os principais habitantes dos recifes artificiais instalados entre a foz do rio Alcoa e a praia do Salgado, na Nazaré.

O projeto “Viver o Mar” arrancou em setembro de 2009, com a colocação das estruturas de betão a uma profundidade de 20 a 23 metros, e foi ganhando microalgas, substâncias fundamentais para a alimentação e capacidade de atração dos peixes para aquela zona marítima. Na última sessão de monitorização ao sistema, a 23 de agosto último, foi confirmada a existência de várias comunidades piscícolas ali a residir, informou a autarquia da Nazaré em nota de imprensa.

O aumento da produção biológica, a diversificação das espécies e a criação de abrigo para os juvenis são os objetivos deste sistema recifal, pioneiro na costa ocidental portuguesa, resultado de um projeto elaborado pela câmara da Nazaré e protocolado com os parceiros científicos Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) e Instituto Politécnico de Leiria (IPLEI).

“A problemática da diminuição dos recursos pesqueiros, resultante da sobre-exploração, a diversidade de artes de pesca e a baixa seletividade” associada a esta atividade, levaram as entidades responsáveis a abraçar este projeto, conseguindo assim “uma gestão integrada dos ecossistemas marinhos e das atividades relacionadas com a exploração dos recursos pesqueiros e energéticos”, revela o mesmo documento.

Segundo os responsáveis do projeto, a ideia generalizada, durante anos, que o mar era uma fonte inesgotável levou a comportamentos inadequados, que atualmente precisam de ser corrigidos. “A atual situação de depauperamento dos recursos marinhos, a nível mundial, tem vindo a contrariar a ideia de que certos recursos pesqueiros são inexauríveis.

O progresso tecnológico que nas recentes décadas se fez sentir ao nível das pescas, com o consequente aumento da vulnerabilidade e intensificação da exploração, provocou graves desequilíbrios nas populações e ecossistemas”, refere.

Com o registo alcançado no último mês na sessão de monitorização, o problema ainda não está resolvido, mas traz esperança à região, com a presença de comunidades junto dos recifes artificiais e a sua reprodução.

peixes

(Notícia publicada na edição de 5 de setembro de 2013)

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