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Desporto

Contrato profissional e 5.349 km dividem Mauro Eustáquio entre Nazaré e Ottawa

Nas próximas duas épocas, o luso-canadiano Mauro Eustáquio vai jogar na liga norte americana. É o primeiro contrato profissional que assina na sua carreira desportiva

Leamington, em Ontário (Canadá), GD Os Nazarenos, União de Leiria, Sporting de Pombal, Naval, novamente GD Os Nazarenos e, em 2014, Ottawa Fury, de volta ao Canadá.

O jogador da Nazaré (à esquerda) jogou no GD Os Nazarenos, União de Leiria e Sp. de Pombal
O jogador da Nazaré (à esquerda) jogou no GD Os Nazarenos, União de Leiria e Sp. de Pombal

Mauro Eustáquio tem 20 anos e assinou, pela primeira vez, um contrato profissional que o vai levar para 5.349 km de distância da “sua” vila piscatória, a Nazaré.

O médio vai jogar na Liga de Futebol norte americana, pelo Ottawa Fury, clube canadiano que participa na North American Soccer League (NASL) e que é uma das equipas favoritas para subir à MLS (principal liga americana).

“Vou assinar por duas épocas. O convite surgiu por parte do treinador da Seleção do Canadá de Sub.20. É adepto do meu futebol e deu o meu contacto ao clube que me observou e entrou em contacto comigo. O Marc Dos Santos, treinador, apresentou me um projeto bastante interessante e as condições que me ofereceram eram muito boas. Não hesitei em aceitar”, disse em declarações ao jornal A Bola.

Internacional pela seleção sub-20 canadiana, chegou a ser observado pela seleção portuguesa sub-18, mas não competiu. Jogou pelo Canadá, país onde viveu entre os 7 e os 12 anos, com os pais, e espera representar o país nos Jogos Olímpicos.

Mas os adeptos dos nazarenos podem ficar descansados que ainda vão ter oportunidade para se despedir do atleta. Dia 12 de janeiro, o médio faz o último jogo com a camisola do GD Nazarenos, frente ao Guiense.

Este não é o primeiro caso de atletas da região que emigram para a América do Norte.

Também no início da temporada, Ricardo Silva, de 20 anos, trocou o SCL Marrazes pelo Tusculum, no Tennessee, Estados Unidos, para jogar futebol universitário, ao mesmo tempo que frequenta o curso de Sports Management. É a sua primeira experiência no estrangeiro e até agora, tem balanço positivo. “Quero jogar até as pernas não darem mais. Se aos 50 anos conseguirem, continuarei”, diz, alimentando o sonho de representar o clube do coração, o Benfica, ou jogar no destino de sonho, Inglaterra.

Marina Guerra

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