Há spas, terapeutas e roupas. E como acontece na vida, também agora acontece na morte. O último fenómeno no cuidado com animais de estimação está na criação de centros de cuidados paliativos para os bichos.
Esta “moda” está a ganhar força nos EUA, onde um número crescente de médicos veterinários está a oferecer cuidados paliativos e a comercializar esses serviços como uma forma de dar a cães e gatos – e aos seus donos – uma passagem menos ansiosa e mais confortável. Por cá, também começa a existir apesar de ainda não ser tão frequente.
A abordagem, no mesmo espírito dos cuidados com os humanos, implica interromper o tratamento médico agressivo e dar medicamentos contra a dor e até contra a ansiedade, noticia o Diário Digital na sua página. Mas ao contrário dos cuidados paliativos para os seres humanos, a eutanásia é opção. O veterinário realiza-a na sala de estar, no quarto ou onde quer que a família se sinta confortável.
Segundo os veterinários, esta é uma grande parte do trabalho: aliviar a culpa dos donos, oferecendo-lhes uma ponte emocional para a morte de um animal de estimação, e deixando que eles passem pelo luto em casa – ao invés de numa clínica ou abrigo de animais. A intimidade tem, no entanto, um custo – 25% ou mais do que numa clínica. “Eles estão no seu próprio ambiente, não só os animais mas também os donos”, disse Mary Gardner, co-fundadora da Lap of Love, empresa com sede na Florida que é uma das líderes desse mercado.
A Lap of Love surgiu desde 2010, de dois fornecedores para mais de 68 parceiros em 18 Estados. A Associação Internacional de Abrigo e Cuidados Paliativos para Animais, um grupo que começou em 2009, tem agora 200 membros, principalmente veterinários, mas também vários terapeutas familiares, advogados e um santuário animal no norte da Califórnia, que tem em consideração e oferece cura holística e cuidados paliativos para animais terminais e idosos.