O filme Rei Leão apresentou Pumba, um javali brincalhão, um pouco distraído, que adorava comer e que fazia parelha com Timon.
No entanto, regra geral, os javalis não são um animal de estimação e, embora existam alguns casos, também não são domesticáveis.
O sus scrofa, nome científico da espécie de javali existente em Portugal, não é frequente ter avistado no dia a dia, apesar de a sua população ter crescido nas últimas décadas, como consequência da diminuição do lobo e lince ibérico, os únicos predadores naturais. Contudo, ocorrem com alguns avistamentos, sobretudo próximo das zonas de maior densidade de floresta e pinhal, ou em zonas “nuas de vegetação, com abundância de água, e próximas de habitações, com incidência em espaços agrícolas”, revela fonte do Comando Territorial da GNR de Leiria. Na região, a presença deste animal acontece durante todo o ano, com especial destaque para os concelhos situados a norte.
Em cativeiro, o javali pode atingir a idade de 20 anos, mas em liberdade vive um máximo de 10 anos, sendo a caça a principal causa da sua mortalidade. “Sendo parente do porco doméstico, é omnívoro e a sua alimentação é muito variada em frutos, raízes, larvas de insetos e animais de pequeno porte, com uma preferência nítida por bolotas, castanhas e cereais”, dá nota a mesma fonte.
Tem uma atividade predominantemente noturna, altura em que ocorrem mais avistamentos, mas também acidentes. Contudo, a GNR de Leiria diz ter “registado um número diminuto de alguns acidentes de viação originados por atropelamentos de javalis”, nos últimos meses.
Sobre os perigos que representa, fonte da GNR revela que “esta espécie selvagem só é perigosa para o homem em caso de ameaça ou, na eventualidade de estar gravemente ferido”, e, nesses casos, deve-se alertar as autoridades.
Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt