Cerca de 600 mil euros poderão ser gastos na colocação de sacos de areia na Praia do Pedrógão para minimizar, com urgência, os danos provocados pelo mar.
A solução, apontada pela Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), não colhe contudo a anuência do executivo da Câmara de Leiria, que se mostra mais inclinado para o enrocamento de algumas zonas de maior erosão, nomeadamente no Casal Ventoso e Centro Azul.
Segundo Raul Castro, presidente da autarquia, a opção foi proposta na semana anterior pela Administração da Região Hidrográfica do Centro e teria um custo equivalente.
O executivo aprovou ainda assim aquela intervenção, a candidatar ao Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos, mas pretende, amanhã dia 7, sensibilizar o vice-presidente da APA para a adoção de uma solução alternativa aos sacos de areia numa visita a realizar ao Pedrógão.
(Notícia publicada na edição de 6 de fevereiro de 2014)
MR
Marta Botas disse:
Concordo plenamente que repôr areia está longe de se constituir como a solução para este problema, porque se a ideia é reconstruir as estruturas que o mar destruiu – nomeadamente a rotunda norte, os e o centro azul – a solução terá de ser a longo e não a curto prazo. Colocar areia não passa de mera estratégia de entretém para o mar que facilmente a vai buscar. Aliás o que se tem feito nem tem sido reposição de areia. As máquinas têm-se limitado a ir buscar areia junto à linha de água para formar uma barreira perto do paredão, o que já se viu que apesar de travar o mar por momentos não o impede de levar toda essa areia de volta e avançar mais um pouco. Está mais que provado que a erosão da costa desde a Praia do Pedrógão até à Nazaré é uma consequência já prevista aquando e do aumento do molhe norte da Foz do Mondego. Se bem me recordo houve muitos pescadores a manifestarem-se contra e a procurarem impedir que a obra avançasse porque sabiam que a Praia do Pedrógão estava em risco, mas foram completamente ignorados. Como é comum neste país, fazem-se as obras sem se pensar nas consequências e quando elas aparecem conclui-se que o custo para reparar os estragos é imenso e não justifica a obra.