Como qualquer revista em papel, Cabide viu a luz do dia no fim de semana. Teve capa, índice, um tema, entrevistas, ensaios, música, filmes, ilustrações e muitas outras coisas que todas as revistas também têm. Só que esta tem uma particularidade: é ao vivo e o primeiro número foi “folheado” nas salas do Cinema São Jorge, em Lisboa.
Na origem deste conceito inovador e difícil de apreender à primeira está um leiriense. Depois de um percurso profissional na “Grande Reportagem”, “Notícias Sábado”, “Sábado” e “LER”, o jornalista e escritor João Pombeiro juntou-se ao designer Luís Alegre e lançou este projeto que está a dá que falar.
Quase duas mil pessoas assistiram à estreia de Cabide, passando pelas diversas “páginas”: a entrevista de Carlos Vaz Marques a Eduardo Lourenço, a conferência de Gonçalo M. Tavares, o debate entre Joaquim Vieira e João M. Tavares, o concerto dos You Can’t Win, Charlie Brown e tantas outras e sugestivas propostas editoriais e culturais.
“Correu muito bem. Em termos das nossas expectativas cumpriu. Não superou, nem ficou aquém”, conta João Pombeiro ao REGIÃO DE LEIRIA.
“Era importante ter diversidade para as pessoas perceberem do que se trata: um projeto jornalístico que é uma revista ao vivo, que é diferente de um festival, um ciclo de conferências ou uma tertúlia. É mesmo uma revista em que tudo se passa ao vivo”.
A cada seis meses sairá um novo número, que pode ser “lido” em qualquer cidade: Lisboa, Porto, Aveiro ou Coimbra… “Tudo depende das condições logísticas e financeiras e também do tema que vamos tratar”.
E Leiria? “Vivi aí 16 anos, gostava bastante de regressar e convidar jornalistas e pessoas da cidade a participar”.
ML
(Notícia publicada na edição de 5 de junho de 2014)