A partir de hoje é possível fazer uma visita ao Castelo de Leiria utilizando um guia multimédia que pretende facultar uma outra dimensão do monumento e aumentar o interesse em torno da sua história.
Utilizando um tablet ou um smartphone, o utilizador pode adquirir por 0,89 cêntimos uma aplicação (disponível para os sistemas operativos da Apple e Android) que descreve os pontos de maior interesse do Castelo.
Em alternativa, é possível alugar um tablet já com a aplicação instalada na recepção do monumento por 1 euro.
O dispositivo é apresentado numa versão trilingue (português, inglês e castelhano) e foi desenvolvido por uma empresa da Nazaré, a Digital Impulse.
Segundo Samuel Fialho, da Digital Impulse, uma das principais novidades do guia multimédia é o conteúdo:
“Não queremos conteúdos demasiado técnicos. Este castelo sempre foi usado de uma forma inteligente, mas a parte da história transmitida aos turistas podia ser melhor” e, para isso, “desconstruiu-se o que existia, reordenou-se tudo, pensando no interesse do turista, sem esquecer o rigor histórico”.
Para conseguir “uma visita imersiva de conhecimento e descoberta”, a equipa da Digital Impulse criou os conteúdos como gostaria de os encontrar no Castelo de Leiria.
“Somos apaixonados pelo património português. Mas nos últimos anos, sempre que nos deslocávamos a um monumento, sentíamos uma sensação de abandono e falta de informação. Falta informação pertinente, curiosa e relevante”, aponta Samuel Fialho, que tentou resolver essa lacuna no Castelo de Leiria através desta ferramenta que junta texto, áudio, fotografia e vídeo à georreferenciação e conteúdos pertinentes.
“Em alguns monumentos, por exemplo, se passamos uma tapeçaria, até pode haver informação sobre de que é feita e onde foi feita, mas são detalhes históricos com pouca relevância para o visitante. O importante é saber porque está ali, como foi ali parar e porque está ali exposta”, sublinha.
Para o vereador da Cultura da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes,o guia multimédia “vem melhorar significativamente a visita dos turistas”, substituindo, “sem encargos para o município”, o anterior audioguia, cujas estações foram vandalizadas, e suprindo a falta de guias humanos.
“É um equipamento e software único no contexto atual e um projeto que nos enche de orgulho”, sublinha Gonçalo Lopes.
“O castelo tem 60 mil visitantes por ano. Uma percentagem significativa irá utilizar o equipamento ou baixar o programa. No futuro, cada vez mais visitantes terão apetência e vontade de utilizar estas novas tecnologias”, acrescentou.
A aplicação permite atualizações e a criação de novas rotas de visita e a divulgação da agenda de eventos no monumento.
Até ao fim do ano, a Digital Impulse espera lançar uma vertente jogável da aplicação.
“Esperamos conseguir tornar o castelo um lugar imenso para um jogo, fazendo com que o visitante acompanhe a conquista do castelo por parte dos portugueses. As pessoas vão ter de descobrir pistas, através dos tablets e smartphones”, antecipa Samuel Fialho.