Em maio passado, foram identificados 138 terrenos por limpar na freguesia da Bidoeira de Cima, Leiria. Hoje, a maioria deles já não representa perigo, garante o presidente da Junta, Jorge Crespo.
O autarca não poupa elogios à iniciativa do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR que, através de um protocolo com a autarquia de Leiria, fez um levantamento de todos os terrenos localizados a 50 metros distância de zonas edificadas que não cumpriam as regras de limpeza e segurança. Desse trabalho de triagem, resultou um mapa, que a Junta de Freguesia divulgou online. E assim se gerou uma onda de “passa a palavra” entre a população, que acabou por levar muitos proprietários a limpar os seus terrenos.
“Foi um trabalho fantástico, que nós temos de apoiar, porque é uma mais valia fenomenal”, assume Jorge Crespo. Em cerca de três meses, a freguesia ficou com muito menos terrenos por limpar – o que facilita o processo de identificação e sensibilização dos proprietários incumpridores daqui para a frente.
A passagem da GNR pela freguesia, no dia 21 de maio, associada à divulgação pública do mapa (disponível para consulta na sede da Junta de Freguesia e através do Facebook da Junta) serviram para responsabilizar os moradores. “A pressão da população sobre o que não limpam é brutal”, nota Jorge Crespo.
O autarca defende, por isso, que o projeto não deve ficar por aqui. “Está na altura de a GNR passar novamente pelo terreno”, afirma, acrescentando que o ideal seria agora alargar a triagem a todos os terrenos localizados a 500 metros da área de edificado.
“O meu desejo é chegarmos a uma altura em que toda a mata esteja em condições para termos um combate aos incêndios mais mais eficaz”, diz, lembrando que a Bidoeira de Cima está rodeada por um “barril de pólvora que a qualquer momento pode eclodir”.”Estamos a criar condições para viver anos descansados”, diz.