O esforço de descoberta de covas do lobo no campo militar de São Jorge, no concelho de Porto de Mós, onde em 1385 as tropas castelhanas e portuguesas se confrontaram, ainda está a meio.
Alexandre Patrício Gouveia, presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, considera que apesar de terem sido descobertas no campo de batalha, desde 1955, cerca de duas mil covas do lobo e várias centenas de metros de fossos, esse é “um trabalho que ainda está a meio”.
É que “boa parte dos vestígios que suspeitamos que existam e que estão por investigar, estão por debaixo de edifícios que existem atualmente”.
No 629º aniversário da Batalha de Aljubarrota, na cerimónia de apresentação do livro “A Batalha Real”, de Saul António Gomes, Alexandre Patrício Gouveia explicava a política da FBA para São Jorge e salientou que “quanto mais trabalho arqueológico desenvolvermos no local, melhor conseguiremos explicar a batalha e como ela aconteceu”.
Por sua vez, o historiador Saul António Gomes referiu que a Batalha de Aljubarrota nem sempre foi conhecida dessa forma.
Inicialmente, entre os portugueses que a travaram era denominada simplesmente como “Batalha”. E entre os castelhanos era conhecida como “Batalha de Portugal”.
(Notícia publicada na edição de 21 de agosto de 2014)