“O mar da Nazaré, nestas condições, é bastante perigoso.” A afirmação é do presidente da Associação de Nadadores Salvadores da Nazaré, Daniel Meco, referindo-se às condições do mar, aos dias de sol que se têm verificado nos últimos dias e à ausência de vigilância.
“As pessoas arriscam demasiado e, como a temperatura está alta, tem tendência a ir para molhar os pés”, sem medir os perigos, disse o nadador salvador ao REGIÃO DE LEIRIA.
“Quando o mar está bom, não há problemas, quando o mar está um bocadinho mais agitado, há sempre complicações”, situação que esteve na origem de dois casos mortais nos últimos meses.
Para resolver este problema, a Associação de Nadadores diz ter uma solução, que passa pela implementação da vigilância durante o inverno, numa parceria entre a associação, a autarquia e os comerciantes.
Segundo Daniel Meco, esta seria a resposta eficaz para as muitas excursões que, nesta altura, visitam a Nazaré que, como praia urbana, representa uma grande atração.
As condições de perigo são ainda elevadas, adianta o presidente da associação, pelas alterações do areal, com a deposição das areias vindas de norte, que aumentaram a extensão do areal, a criação de fundões e uma maior inclinação da areia. “Cresceu 50 metros no espaço de dois anos”, diz Daniel Meco.
Enquanto a sugestão não é aplicada, Daniel Meco continua a fazer vigilância do areal, entre o norte e o sul, na já conhecida mota 4X4, em regime de voluntariado.
“É o meu gosto por isto”, comenta o engenheiro licenciado pela Escola Náutica, que diz não “estar descansado” quando vê pessoas à beira mar.
AL
(Notícia publicada na edição de 23 de outubro de 2014)