A Câmara de Pombal prevê que algumas das funcionalidades do centro de interpretação e museu na serra de Sicó já estejam disponíveis no verão, nomeadamente o espaço de acolhimento de pessoas, parte das exposições, ‘workshops’ e uma maquete interativa, disse ao REGIÃO de LEIRIA o presidente do município, Diogo Mateus.
A obra, orçada em cerca de 2,1 milhões de euros, é um projeto já com alguns anos e que deverá ver a luz do dia em 2017.
O grande trabalho que agora está a ser feito centra-se na realização da intervenção “imaterial”, com a criação de conteúdos e espaços expositivos utilizando as mais recentes tecnologias, como a realidade virtual e aumentada.
“Essa é a parte mais demorada”, explicou Diogo Mateus, referindo que esses mesmos conteúdos não deverão ainda estar prontos no verão.
O centro de interpretação tem uma área de construção de 2.800 metros quadrados e está inserido em plena Rede Natura, em Poios, freguesia da Redinha.
Naquele espaço, a Câmara pretende contar a história daquele território e como esse “foi condicionando o desenvolvimento humano em função das suas características particulares” – tudo “fundamentado” pelas escavações arqueológicas realizadas na Buraca Grande e Buraca Escura, que remetem “para achados humanos de 15 a 20 mil anos antes de Cristo”.
A partir dessa data é contada a história da forma como o Homem “se foi fixando em Sicó”.
Com capacidade para acolher 40 pessoas, o município prevê que este seja um espaço de aprendizagem para a população estudantil mas também para a dinamização de atividades como o BTT, percursos pedestres, escalada ou espeleologia.
João Gaspar
(artigo publicado na edição de 29 de dezembro de 2016 e atualizado para publicação online a 10 de janeiro de 2017)