Diversas figuras nacionais e internacionais estão a manifestar o seu pesar pela morte de Mário Soares, este sábado, aos 92 anos.
Conheça algumas das declarações já proferidas:
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República: “Mário Soares nasceu e formou-se para ser um lutador e para ter uma causa para a sua luta: a liberdade”. “Resta a Mário Soares, como inspirador, travar o derradeiro combate, aquele em que estamos e estaremos todos com ele: o combate pela duradoura liberdade com justiça na nossa pátria comum, que o mesmo é dizer, o combate da imortalidade do seu legado, um combate que iremos vencer, porque dele nunca desistiremos, tal como Mário Soares nunca desistiu de um Portugal livre, de uma Europa livre, de um mundo livre. E, no que era decisivo, ele foi sempre vencedor”.
António Costa, primeiro-ministro: “Perdemos hoje aquele que foi tantas vezes o rosto e a voz da nossa liberdade. Mário Soares foi um homem que durante toda a sua vida se bateu pela liberdade, fê-lo contra a ditadura, sofrendo a prisão, a deportação e o exílio”. “Também soube pôr fim ao colonialismo e abrir a opção europeia de Portugal. A perda de Mário Soares é a perda de alguém que teria sido insubstituível na nossa História recente. Devemos-lhe muito e ficaremos para sempre eternamente gratos”.
Jean Claude Junker, presidente da Comissão Europeia: “Mário Soares contribuiu para tornar irreversível um processo de democratização que alastraria pelo Sul da Europa e que colocou Portugal, mas também Espanha e Grécia, no caminho da adesão ao projeto europeu, âncora desses valores democráticos”. “A vida de Mário Soares deixa-nos na altura em que celebramos os 30 anos da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia onde, sem surpresa, é o seu nome que consta do tratado de adesão”.
Pedro Passos Coelho, líder do PSD e ex-primeiro-ministro: “Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos”.
Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses: “Mário Soares foi um combatente antifascista coerente e consequente, um homem de resistência e que resistiu ao longo de toda a vida aos ataques que sofreu”.
Maria Teresa Horta, escritora: “É um dia muito triste. Todos nós sabíamos que iria morrer mais dia menos dias, mas a morte de uma pessoa é sempre o fim é sempre algo de incompletude, mas o doutor Mário Soares foi sempre para mim uma referência. Eu lembro-me perfeitamente da importância que ele teve durante o fascismo, quando estava eu a começar a trabalhar na oposição ao fascismo, foi sempre para mim uma espantosa referência de coragem, um garante da liberdade”.
Pedro Santana Lopes, provedor da Santa da Misericórdia :“É um dia muito triste para Portugal. Mário Soares faz parte das pessoas que não quer que estejamos tristes, mas que lembremos o que ele fez na vida. Ninguém o vergava”.
Rui Nabeiro, empresário: “Grande amigo”, um homem “extraordinário, afável e simples”. “Nós sempre conversamos, sempre trocámos impressões, valia a pena conhecê-lo bem, pois era um grande português e deu muito a Portugal”.
Basílio Horta, político: “Homem de grande lucidez, com uma vasta cultura e uma larga capacidade mobilizadora, foi o rosto de grandes causas e de momentos marcantes para Portugal, para a Europa e para o mundo”.
Jorge Sampaio, ex-presidente da República: “Foi preso, exilado, nunca perdeu o seu amor por Portugal. Sempre acreditou naquilo que era o interesse de Portugal e no que era estrategicamente vital para a democracia portuguesa”.
Gonçalo Lopes, vice-presidente da Câmara de Leiria: “Mário Soares foi o pai da democracia portuguesa e será para sempre uma figura incontornável da história nacional. Com fortes raízes em Leiria (Cortes), a morte de Mário Soares é também uma perda grande para o concelho”.
(em atualização)