A presidente do conselho de administração e o vogal da Supercoop foram ontem à noite detidos pela Polícia Judiciária de Leiria, “fortemente indiciados pela prática dos crimes de peculato, burla qualificada e falsificação de documentos”.
Segundo o comunicado daquela força policial, o homem e a mulher, cônjuges, serão presentes hoje às autoridades judiciárias para “primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”.
A Polícia Judiciária de Leiria terá realizado ontem diversas buscas domiciliárias e não domiciliárias e apreendido vários objetos considerados como “material probatório”, no sentido de comprovar práticas delituosas realizadas pelos dois suspeitos.
Os dois suspeitos, Elsa Leitão e Gil Silva foram detidos ontem, quinta-feira, à noite, “fora de flagrante delito”, explicou ao REGIÃO DE LEIRIA, fonte da Polícia Judiciária de Leiria.
A sede da Supercoop, onde está a funcionar a creche e jardim-de-infância Superninho, também foi alvo de buscas, “no sentido de obter provas” do esquema utilizado pelos dois suspeitos.
A mesma fonte revela ainda que “não é provável” que mais indivíduos venham a ser detidos.
Segundo a PJ, “os factos sob investigação aconteceram, pelo menos, ao longo do ciclo temporal compreendido entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2017, apropriando-se os suspeitos, em proveito próprio, de dinheiro e de coisas móveis que lhes eram acessíveis em razão das funções públicas que desempenhavam, obtendo enriquecimento ilegítimo não inferior a cento e dezasseis mil euros”. Tal valor poderá ser superior mas só com o avançar da investigação se poderá chegar ao valor total da quantia utilizada para enriquecimento ilícito.
No decurso das diligências “foi recolhido abundante material probatório, nomeadamente artigos pessoais e outros objetos adquiridos fraudulentamente com fundos da instituição”.
A investigação prossegue “com intuito de comprovar outras práticas delituosas latentes”, refere o comunicado divulgado pela PJ.
Tal como o REGIÃO DE LEIRIA divulgou na edição de 9 de março, a diretora terá alegadamente usado dinheiro da cooperativa para benefício pessoal.
Foi apresentada queixa no Ministério Público, em fevereiro passado.
Fonte ligada ao processo adianta que foram identificadas centenas de faturas, referentes a 2016, com um valor superior a 120 mil euros, em compras de diversa ordem: relógios, roupa interior, bijuteria, sapatos, material informático, produtos para animais de estimação. Só numa superfície comercial de Lisboa, foram contabilizados 47 mil euros gastos na aquisição de produtos.
O esquema funcionaria da seguinte forma: a responsável fazia as compras, pedia a fatura no nome da Supercoop e entregava aos serviços administrativos que posteriormente depositavam o valor na sua conta bancária. A confiança depositada pelos restantes membros dos órgãos sociais nunca levantou suspeitas de má gestão, durante vários meses.
(Atualização, dia 18 de maço, pelas 15 horas)
O juiz de instrução do Tribunal de Leiria decretou sexta-feira, dia 17, apresentações semanais à presidente de um infantário detida pela Polícia Judiciária de Leiria, e ao marido, suspeitos de peculato e burla, informou fonte judicial à agência Lusa.
A mesma medida de coação foi aplicada ao seu marido, vogal do Conselho de Administração de uma instituição particular de solidariedade social.
João Reis disse:
Que lindos meninos que eles eram, e agora mamã que dizia que meu Gil é muito esperto, inteligente até demais para roubar o que não lhe pertence, muitas as vezes seria melhor esta senhora se mirar ao espelho antes de falar dos outros, mas não se mirou agora fica na fotografia hahahhahhahha!!!!!!!!!