A família de refugiados iraquianos radicada em São Mamede, concelho da Batalha, está hoje no Santuário de Fátima com a expectativa de ser recebida pelo Papa Francisco.
“Seria muito bom, muito importante”, adiantou ao REGIÃO DE LEIRIA uma jovem mãe que faz parte da família de refugiados acolhida na Batalha, referindo-se à perspetiva de ser recebida pelo líder da Igreja Católica. A família liderada por Hassan Jamal chegou esta tarde ao Santuário de Fátima com a perspetiva de ser recebida pelo Papa.
O encontro não está na agenda do Papa Francisco, mas a possibilidade de o grupo ser recebido existe. Quem o assegura é Angelo Chiorazzo, fundador da cooperativa social Auxilium que acolheu a família em Itália. Este responsável explica que esta família de refugiados chegou em novembro de 2015 à Sicília, vindos da Líbia. Da Sicília foram transferidos para Roma e a 24 de março tiveram um encontro com o Papa Francisco, quando o responsável máximo da Igreja Católica celebrou uma missa no centro onde a família de refugiados foi acolhida. “O Papa disse que os queria receber quando o recordamos dessa família e vai recebê-los amanhã”, adianta Angelo Chiorazzo.
Este facto suscitou o interesse de vários media internacionais, que se multiplicaram em entrevistas à família de refugiados.
Paulo Batista dos Santos, presidente da Câmara da Batalha, município que acolhe a família de refugiados desde abril de 2016, lembra que as autoridades municipais da Batalha já tiveram oportunidade de focar este caso de acolhimento no Vaticano. É um exemplo deixado por “uma terra como a Batalha que pretende dar o exemplo de um processo de integração duradouro e sustentável”.
Carlos S. Almeida