Atingiu a maioridade mas, em simultâneo, passou por uma crise identificativa. A Associação Zoófila de Leiria (AZL) elegeu recentemente novos corpos sociais e procura reativar a atividade de proteção animal que nos últimos 18 anos desenvolveu na região.
Depois de um largo período de tempo com a gestão concentrada numa só responsável, a AZL entrou num período de estagnação e deixou de receber animais ou procurar solução para aqueles que tinha a seu cargo.
A situação levou ao aumento da média de idade dos cães e, sem condições financeiras, à impossibilidade de assegurar todos os cuidados médico-veterinários adequados.
Melhorar as condições de alojamento e saúde dos patudos, encontrar novas famílias para os cães e sensibilizar a sociedade para o bem estar dos animais são algumas das prioridades da nova direção.
“Estamos a começar do zero em praticamente tudo. Procuramos voluntários que nos possam ajudar, famílias que queiram acolher temporariamente alguns dos nossos animais ou outras que queiram adotar cães”, explica Ana Morgado, vice-presidente da AZL.
Com 63 cães ao seu cuidado, a associação (sobre)vive com algumas dificuldades e procura agora, graças aos novos elementos, dar uma nova oportunidade aos patudos. Na sua maioria os animais têm cinco ou mais de 10 anos de idade e “praticamente sempre residiram no abrigo” da associação, em São Romão, Leiria.
Há também animais mais novos, com apenas alguns meses, que entraram na AZL este verão, após terem sido deixados à porta da associação. O cão Batman é um desses casos. “Recebemos imensos pedidos de ajuda. Foi um período impressionante com casos a aparecer todos os dias”, refere a responsável.
Sem espaço para gatil, as voluntárias da associação não viram costas quando surge um felino e procuram, através das FAT ou nas redes sociais, encontrar um destino para os animais.
“Quem nos quiser ajudar para combater todas as nossas despesas, poderá fazê-lo não abandonando o seu amigo, apadrinhando um animal da nossa associação, adotando um animal, sendo nosso voluntário, doando comida, materiais de limpeza, desparasitantes internos e externos… Toda a ajuda é bem vinda”, afirma a AZL na sua página de Facebook.
A curto prazo a AZL pretende desenvolver outras iniciativas para angariação de fundos, como cãominhadas ou convívios, e campanhas de adoção, e renovar as instalações com reparação das redes, casotas e acessos (contacto: 910 277 272).
Marina Guerra
Jornalista
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso
Fotojornalista
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt
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