O grupo parlamentar de Os Verdes entregou na Assembleia da República uma pergunta sobre a possibilidade de se eliminarem as portagens da autoestrada n.º 19 para proteger o Mosteiro da Batalha do impacto do trânsito, com desvio da circulação.
Numa pergunta dirigida ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, o deputado José Luís Ferreira questiona sobre a possível eliminação das portagens do troço da A19, por forma a minimizar os impactos do tráfego automóvel no troço da estrada nacional nº1, em frente ao Mosteiro da Batalha.
O deputado recorda que no dia 14 de setembro de 2016, numa audição com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, “os Verdes questionaram sobre se o governo estava a ponderar a eliminação das portagens do troço da A19, por forma a minimizar os impactos do tráfego automóvel no troço da EN1, em frente ao Mosteiro da Batalha”.
José Luís Ferreira acrescenta que a via foi construída “com o intuito de tirar o tráfego automóvel da frente deste monumento nacional, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, cujo volume diário de veículos tem impactos negativos na sua conservação, nomeadamente com a emissão de gases e a trepidação causada pelo trânsito”.
Em resposta à pergunta formulada, o ministro respondeu que “não estava planeada a eliminação ou redução de portagens naquele troço, mencionando que estariam a ocorrer negociações entre o Município da Batalha e o Gabinete das Infraestruturas deste ministério para encontrar uma solução para o problema”.
Segundo José Luís Ferreira, existem informações que dão conta de que a Câmara Municipal da Batalha “já tem autorização do Ministério da Cultura e do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas para avançar com o projeto de operação urbanística para salvaguarda dos impactos de ruído e de poluição sobre o Mosteiro da Batalha”.
“A solução prevista e apresentada pela autarquia local consiste na construção de uma ecovia e barreira acústica no troço da EN1 junto a este monumento nacional”, acrescenta o deputado no documento entregue na Assembleia da República.
O deputado sublinha ainda que “um ano volvido sobre esta audição, ainda não começou nenhuma intervenção”.
Nesse sentido, José Luís Ferreira questiona se o “Ministério tem conhecimento do prazo previsto para o início da execução das medidas apresentadas pela Câmara Municipal e qual a duração do projeto” e se “as medidas referidas serão suficientes para a resolução deste problema que incide sobre tão valioso património e que se arrasta há anos”.
O parlamentar pergunta ainda se o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas prevê a eliminação das portagens na A19 “no médio/longo prazo”.
Lusa
N. Oliveira disse:
Isto é patético! O Estado (ou seja nós, contribuintes) gastou dinheiro na construção da estrada (que originalmente não era para ser Autoestrada), colocaram-se portagens, tem, provavelmente, 10% do tráfego negociado com a Concessionária (não faz mal, o Estado, ou seja, nós contribuintes, pagamos a diferença) e agora ainda se vai gastar mais 2 ou 3 milhões numa solução de remendo para o problema do IC2/ Mosteiro da Batalha!