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Houve lágrimas na aldeia com a queda da icónica palmeira

Centenária, a palmeira ex-libris do Reguengo do Fetal, com cerca de duas dezenas de metros de altura, não resistiu aos caprichos da tempestade Ana que na noite de domingo, dia 10, se abateu na região e no país.

Ventos fortes derrubaram a palmeira que dava nome ao largo central da localidade Foto: Joaquim Dâmaso

Centenária, a palmeira ex-libris do Reguengo do Fetal, com cerca de duas dezenas de metros de altura, não resistiu aos caprichos da tempestade Ana que na noite de domingo, dia 10, se abateu na região e no país.

A plameira era a imagem de marca do largo central da localidade, chamado largo da Praça da Fonte, mas todos a conheciam por largo da Palmeira. Contudo, a árvore ultrapassou com sucesso onze tratamentos para combater os efeitos da praga do escaravelho da palmeira. Mas o vento musculado, por volta das onze da noite, foi demasiado.

Entre os moradores do largo, havia quem temesse que um dia a palmeira caísse em cima de suas casas. Não eram novos os pedidos para que fosse substituída. Mas também houve quem tenha chorado quando deu de caras, na já solarenga manhã de segunda-feira, com a queda da companheira de memórias de infância. “Até chorei quando vi a palmeira no chão”, confessa Maria Constantino.

Já Maria Carvalho, moradora no largo, mais conhecida por “dona Maria do Reguengo”, é famosa na aldeia pela sua propensão para rimar: “isto de tempestades não é nenhuma brincadeira, passou por aqui a tempestade Ana que nos partiu a palmeira”. Já sem rimar, lembra que todos gostavam da palmeira, mas quem mora perto dela tinha medo”.

A palmeira caiu, danificou parte de uma habitação, mas não causou feridos. O presidente da Junta, Horácio Sousa, reconhece que existiam receios de alguns moradores do largo, atendendo que à grande dimensão da espécie e às eventuais consequências da sua queda. Admite que a ocasião seja aproveitada para requalificar o largo que deverá receber nova palmeira. “É conhecido como largo da Palmeira, logo deverá voltar a receber uma palmeira de menores dimensões”. 

Notícia originalmente publicada na edição em papel de 14 de dezembro

Carlos S. Almeida
Jornalista
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt


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