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Ajudanimal quer Pombal como cidade exemplo na defesa animal

Associação Ajudanimal, de Pombal, celebra este sábado o 11º ano de atividade. A última contagem de adoções efetivas da associação conta 730 casos bem sucedidos.

“É uma roda que precisa de ser bem oleada, para não parar. Às vezes é difícil gerir emoções, aguentar pressão, mas há uma amizade muito grande que nos faz caminhar para a frente e não desistir”. É desta forma que as seis voluntárias da Ajudanimal – Associação de Defesa dos Animais de Pombal descrevem o caminho que a associação tem percorrido, num momento em que assinala os 11 anos de atividade.

Sem sede própria, nem casa-abrigo, é pelas famílias de acolhimento temporário (FAT) que conseguem dar resposta às necessidades que vão surgindo. Mesmo assim, as FAT são poucas e temporárias, dizem, e a funcionar em regime de voluntariado, o tempo não estica.

“As voluntárias trabalham, têm família e isto é uma luta com amor à camisola e a vontade de tornar Pombal uma cidade exemplo na defesa animal”, contam.

Fundada em 2007, a Ajudanimal admite que a sociedade está mais compreensiva no que à questão animal diz respeito. “A maior mudança nas pessoas é que cada vez mais compreendem a vantagem de esterilizar, vacinar e colocar o chip de identificação” nos animais.

A associação iniciou em 2015 uma campanha de esterilização, sendo atualmente uma das exigências que fazem na adoção de animais. No ano passado, entre cães e gatos, foram esterilizados 200 animais. Vacinaram e colocaram microchip também em todos os patudos que tinham à sua guarda.

Atualmente, a Ajudanimal tem 28 bichos ao seu cuidado. “Este número infelizmente está sempre a subir, todos os dias temos pedidos de ajuda, tanto para recolha de animais abandonados, como denúncias de animais negligenciados, onde não temos autoridade para atuar”, salientam.

Para ajudar nas tarefas diárias, a Ajudanimal prepara-se para adquirir, este ano, uma carrinha que auxilie no transporte dos animais e apela a quem conseguir “encontrar uma a bom preço” e com capacidade para durar uns bons anos.

“Porque tudo deve ser relembrado e as coisas boas devem continuar”, a última contagem de adoções efetivas dava conta de 730 casos bem sucedidos.

“Tivemos a Melga, que não podia ver o género masculino à frente que fincava logo o dente. Um dia uma voluntária levou-a para casa e o filho dela, com muita paciência, conseguiu-a conquistar. Houve uma família que se encantou e a veio conhecer. Alertamos para o ‘problema’ e o senhor, quando apareceu, trazia umas salsichas. A verdade é que a Melga imediatamente se colocou de barriga para cima. Só faltou dizer adotem-me”, lembram.

Houve ainda a Pintas, uma cadela que só roía livros, o salvamento de uma gata no rio Arunca ou a ninhada enfiada num buraco no meio de um olival.

Há também o reverso da medalha: “devolver o cão preto porque lhe tinham aparecido pelos brancos, devolver o gato porque miava e até mesmo um bebé porque comia muito…”, recordam.

Sem apoios monetários regulares, a Ajudanimal vive de donativos particulares, campanhas de angariação de fundos ou das quotas de sócios (12 euros/ano).

Marina Guerra
Jornalista
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

Associação celebra 11º aniversário no próximo sábado, dia 10, no jardim municipal de Pombal.

A atividade está inserida na campanha mensal de adoção, entre as 10 e as 17 horas. e será um dia dedicado aos animais e aos voluntários que se dedicam à causa.

O corte do bolo e o soprar das velas acontecerá às 16h30.

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