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Leiria: Vereadores do PSD “chocados” com dança moderna na igreja

A polémica causada pela divulgação de fotografias de um espetáculo de dança moderna na Igreja da Misericórdia – Centro de Diálogo Intercultural de Leiria foi discutida na última reunião de Câmara,, com os vereadores do PSD a questionarem o executivo sobre o uso dado ao espaço.

A performance de dança contemporânea decorreu em abril, no âmbito do festival Metadança 

A polémica causada pela divulgação de fotografias de um espetáculo de dança moderna na Igreja da Misericórdia – Centro de Diálogo Intercultural de Leiria foi discutida na última reunião de Câmara, esta terça-feira, 24, com os vereadores do PSD Álvaro Madureira e Fernando Costa a questionarem o executivo sobre o uso dado ao espaço.

O espetáculo, organizado em abril no âmbito do festival Metadança 2018, mereceu criticas da Diocese de Leiria-Fátima e da Santa Casa da Misericórdia de Leiria [ver edição impressa do REGIÃO DE LEIRIA] e de muitas pessoas que viram as fotografias divulgadas na Internet (por exemplo aqui, aqui ou aqui)

O vereador Álvaro Madureira questionou a maioria do PS sobre “uma situação um pouco desagradável” relacionada com “um espetáculo” em que “jovens atuaram com vestimenta menos adequada para o local”.

Segundo o vereador, “as reações foram muito fortes nas redes sociais. É um lugar profano, mas que ainda tem os símbolos de uma religião e choca ver jovens com vestimentas menos adequadas, em cima do altar, em posições que chocam para o contexto e para o espaço. As reações foram muito negativas e lamentamos que seja usado aquele espaço para este tipo de programa”.

Álvaro Madureira considerou que é preciso “sensibilidade na gestão dos espaços”, frisando: “Tivemos reações de todo o mundo. Está registado nas redes sociais”.

O vereador Fernando Costa afirmou por sua vez que “a Igreja da Misericórdia não é um espaço público e profano qualquer” e “não pode ser utilizado para fins considerados contra os princípios da moral e da ética cristãs”.

“Eu que sou cristão, católico, não praticante, sinto-me ofendido por o senhor vereador da Cultura estar a tratar a Igreja da Misericórdia como um palco qualquer, como se não tivesse sido uma igreja, como se não estivesse lá um altar e as imagens religiosas”, disse Fernando Costa, concluindo: “Fazer ali espetáculos que ofendam as tradições religiosas é inapropriado, inadmissível e tem o meu protesto veemente”.

O vereador Gonçalo Lopes (PS), vice-presidente do município, explicou que, “como é óbvio, estes espetáculos não são previamente visionados pela Câmara, que também não condiciona a isso a sua aprovação”. “Poderíamos estar numa situação de censura, não o fazemos, não pedimos a quem executa determinado tipo de espetáculos o que vai fazer em concreto”, explicou.

“Nas fotografias as pessoas estão em pose, o que significa que não tem movimento e [o espetáculo] não é interpretado na plenitude. Houve alguma reação de que não tivemos conhecimento. Não tivemos qualquer tipo de reclamação ou contestação e fomos confrontados esta semana com um jornal a questionar este tipo de espetáculo, e que, naturalmente, tem a ver com a parte criativa de quem se propõe a fazer a iniciativa”, adiantou o vereador.

“Não recebemos nenhuma crítica até agora. O espetáculo é agora objeto destas críticas, eu respeito as críticas, como respeito o artista, e nunca poderia, nem eu nem a Câmara, antecipá-las”, adiantou Gonçalo Lopes, concluindo: “Aqui houve um choque de ideologia como é óbvio, que respeito, porque isto incomoda e choca as pessoas. No entanto, o processo foi esclarecido com todas as partes envolvidas e considero o assunto encerrado”.

A Associação Cultural Metadança garante que “não houve nenhuma intenção de chocar qualquer tipo de religião”, e “nunca quis gerar esta controvérsia em torno da religiosidade”. No mesmo sentido exprime-se o orientador das residências artísticas do festival, Francisco Pedro, em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA [ver edição impressa], considerando que “se têm feito interpretações erróneas”.

Carlos Ferreira
Jornalista
redacao@regiaodeleiria.pt

Martine Rainho
Jornalista
martine.rainho@regiaodeleiria.pt

Artigo publicado esta semana da edição impressa do REGIÃO DE LEIRIA 


Secção de comentários

  • M disse:

    Absolutamente vergonhoso!
    E o que será que se segue? Espetáculos públicos de sodomia, e pedófilia, que não haja dúvidas que depois deste espetáculo deplorável não estamos longe de assistirmos a cenas de sexo com galinhas ou outras barbaridades morais, como se assistiu com as “Pussy riots”, agentes do programa de degeneração social e moral em curso, aliás um grupo favorito da Madonna, que como ela, são agentes pagos para ajudar a implementar programas de degeneração moral e social, porque é que imaginam ela se pavoneia por estas bandas, desde quando celebridades falam da sua vida pessoal, social, onde moram …
    Não existe nenhuma propósito racional para que este assalto a um templo espiritual tenha tido lugar, a não ser como mais um passo no para avançar o programa em curso, da erradicação da fé cristã, quero ver estas degeneradas a entrarem nas sinagogas e mesquitas e se atreverem a encenar nesses espaços tamanhos sacrilégios, aliás se o não fizerem é mais do que evidente qual o verdadeiro objetivo deste acto, não que seja preciso para qualquer pessoa com um mínimo senso de decência, respeito ou pensamento crítico que isto é um atentado para profanar o espírito do cristianismo. Ao desrespeitar um espaço que representa o espírito de uma fé, destroem-se todas as associações com o sagrado e assim se perverte o contexto espiritual da fé e dos templos, que são elos pessoais e sociais numa nação.
    Este é o objetivo em curso! Este acto tem como fim, pôr mais uma pedra no túmulo da igreja.
    Que tipo de gente, se ofende tanto com o carácter religioso de uma nação? A não ser os que querem destruir a identidade de um povo e os que trabalham para os escravizarem.
    Uma completa erradicação espiritual e religiosa da população é sempre o primeiro passo dos comunistas na sua marcha de destruição e control total em qualquer país, o privilégio de a uma vida espiritual, só é aforado aos da cabala.

    Os comentários ao artigo, são igualmente elucidativos de quem são e para o que vem, estas cambadas de gente sem quaisquer princípios morais e respeito social, nao só ao país mas a todos os que representam esta nação, fazem parte dos gangs de crimonosos ideológicos cujo propósito é destruir qualquer coesão social e destruir os valores do país, estão espalhadas pelo mundo são exércitos bolchevistas online cuja função é destruir e reeducar, uns sentam-se no parlamento outros em frente a ecrãs, mas todos recebem as ordens do mesmo comitê central.
    Esta cambada julga-se muito esperta, mas assuas táticas, somente resultam porque estão a lidar com uma população estupidificada por misturas étnicas, sociais e genéticas e com uma dose quase letal de indoctrinização.
    Comparar obras de art numa igreja com umas vacas meio nuas em frente de um altar é de uma imbecilidade muito própria de gente profundamente ignorante, que só abre a boca para vomitar a voz do dono ou regurgitar opiniões.

    E indispensável direi mais, imperativo! criar um movimento para que estas criaturas, sejam sem perca de tempo, levem estes “espetáculo” todas as mesquitas, sinagogas e outros espaços religiosos no país, temos de dar oportunidades de igual enriquecimento cultural a estas minorias.

  • Joel disse:

    As Igrejas pertencem ao estado. Não vejo mal nenhum em dançar nelas. É bem pior ter centenas de putos aos gritos nessa igreja!
    Já vi musica de camara, classica e gothic rock em Igrejas. Foram espetáculos muito agradáveis e pela sua localização únicos.
    Deus não está nas igrejas está por todo lado…

  • rui estrela disse:

    Para o povo atrasado de Leiria e para os vereadores municipais do PSD Álvaro Madureira e Fernando Costa, à cerca da polémica causada pela divulgação de fotografias de um espetáculo de dança moderna na antiga Igreja da Misericórdia.
    Agora a igreja até um BORDEL pode ser ?

    “Decreto de redução a uso profano”

    Tendo em conta que a Igreja da Misericórdia, em Leiria, já há alguns anos deixou de ser usada para o culto divino, devido ao estado de degradação material em que se encontra, e tendo a Santa Casa da Misericórdia de Leiria solicitado em ofício de 18.12.2013 (Refª SCML.PROV–31.013) que este edifício possa ser usado para atividades culturais, determino, de acordo com o §1 do cân. 1222 do Código de Direito Canónico, que este edifício seja reduzido de modo permanente a usos profanos, perdendo, a teor do cân. 1212, a dedicação e bênção que lhe estava associada, deixando, assim, de ser considerado lugar sagrado.

    Leiria, 15 de janeiro de 2014.

    † António Augusto dos Santos Marto

    Bispo de Leiria-Fátima

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