Entre quinta-feira, 2 de agosto, e domingo, dia 5 de agosto, é esperada uma onda de calor extremo em Portugal. Na região, as temperaturas podem atingir ou até superar os 40 graus, pelo que são necessárias precauções para evitar desidratações, agravamento de doenças crónicas, esgotamentos ou golpes de calor que podem provocar danos irreversíveis para a saúde ou, em casos extremos, a morte.
O Centro Hospitalar de Leiria lançou um alerta com um conjunto de recomendações de prevenção para os próximos dias. “É importantíssimo ter muito cuidado e seguir as recomendações de prevenção, acautelando igualmente a correta utilização dos serviços de urgência, que devem apenas ser usados em situações de real emergência, permitindo que estes funcionem adequadamente”, sublinha Elisabete Valente, diretora clínica do CHL.
Confira as principais recomendações:
– Ingerir bastante água (ou sumos de fruta natural), sobretudo nos dias de maior calor, com especial atenção aos idosos, que deverão beber água mesmo que não manifestem sede); evitar bebidas como o chá forte, café ou bebidas alcoólicas (já que favorecem a formação de urina).
– Manter-se em locais ventilados e arejados (sobretudo as crianças e os idosos), por exemplo mantendo as casas frescas, com persianas e portadas fechadas durante as horas de maior calor; evitar a exposição ao sol e ao calor (sobretudo entre as 11 e as 17 horas), procurando locais frescos e à sombra.
– Usar chapéu sempre que saia à rua, e preferir roupa de cor clara e de preferência de algodão.
– Evitar a prática de esforços físicos intensos em alturas de maior calor.
– Fazer refeições leves e repartidas.
– Manter a vigilância próxima e regular dos idosos que vivem sozinhos, sobretudo nos dias de maior calor.
“É preciso ter atenção às pessoas mais vulneráveis, designadamente as crianças nos primeiros anos de vida, as pessoas com 65 ou mais anos, portadores de doenças crónicas e pessoas que desenvolvem atividades no exterior, que devem reforçar os cuidados”, explica Elisabete Valente. Os idosos e as crianças menores de três anos são dois grupos particularmente vulneráveis aos efeitos do calor, que se traduzem, fundamentalmente, pela desidratação (perda de água pelo organismo através da transpiração, urina e fezes – sobretudo diarreia), e, no caso dos idosos, a sensibilidade à sede encontra-se diminuída, pelo que não sentem necessidade de beber líquidos, mesmo que estejam desidratados.
Elisabete Valente recorda que “os utentes devem dirigir-se às urgências hospitalares apenas em situações previsivelmente graves, ou em que a demora de diagnóstico e/ou tratamento possa acarretar graves riscos para a saúde, e estes casos são habitualmente referenciados pelo médico de família ou pelo INEM”, alertando que “a colaboração dos cidadãos é essencial para que os serviços de urgência possam funcionar bem, e dar resposta aos casos realmente graves”.
De acordo com a informação do CHL,”nos serviços de urgência, terão prioridade as emergências, ou seja, situações em que a vida do utente corra perigo (acidentes significativos, intoxicação, convulsões, etc.), as doenças súbitas (dor aguda, grande traumatismo, hemorragias, queimaduras, etc.), e os doentes referenciados (portadores de carta com pedido de observação efetuado pelo médico de família/assistente)”.
Se não souber como deve proceder, acrescenta o Hospital, “o utente deve, antes de sair de casa contactar, por telefone, a linha SNS 24 – 808 24 24 24 para se aconselhar antes de se deslocar à urgência do hospital – se for necessário, o utente será devidamente encaminhado. Se precisar de ser visto por um profissional de saúde, refere a mesma nota, o utente deve dirigir-se em primeiro lugar ao seu médico de família, no centro de saúde, ou ao seu médico assistente; caso não tenha sido possível ser observado pelo seu médico, deve recorrer à Consulta Aberta do seu centro de saúde, ou ao Serviço de Atendimento Prolongado (SAP)”.
Dias de desconforto térmico
Entretanto, esta tarde, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para a situação de “grande desconforto térmico” que se prevê para os próximos dias.
Até dia 6, aponta o IPMA, “a temperatura máxima do ar, em grande parte do território do Continente, irá registar valores da ordem de 40°C”. O período mais crítico ocorre de amanhã, quinta-feira, até sábado. Nessa altura, “em vários locais do Alentejo, vale dos rios Douro e Tejo e na Beira Baixa a temperatura máxima poderá chegar aos 45 °C e, num ou outro local, ultrapassar este valor”, refere o IPMA. Os valores da temperatura mínima “serão também muito elevados, atingindo valores próximos de 25°C em grande parte do território, aproximando-se dos 30°C em alguns locais do interior Centro e Sul, em especial no Alto Alentejo”.
A partir de domingo, dia 6, é esperada “a temperatura deverá registará uma descida nas regiões do litoral oeste e, gradualmente, nas regiões do interior nos dias seguintes, mas mantendo valores da ordem de 35 °C ou mais, em muitos locais do interior até final da próxima semana”.
O IPMA explica que “a zona de conforto térmico se situa entre os 18° e os 26°C” com humidade relativa do ar entre 30 e 70%. Consequentemente, o calor extremo “previsto para o período de 2 a 6 de agosto originará situação de grande desconforto térmico”.
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