Três homens, com idades entre os 40 e os 44 anos, começaram hoje a ser julgados em Leiria pelos crimes de furto qualificado e falsificação de documento, relacionados com o furto de veículos e de gasóleo.
O único arguido que prestou declarações limitou-se a justificar ao coletivo de juízes que o gasóleo encontrado em sua casa – cerca de 1.000 litros – foi comprado por si.
“Não de uma só vez, mas aos poucos, uma vez que tenho aquecimento central e era para esse uso”, explicou.
A defesa pediu que fosse aceite uma nova testemunha no processo para comprovar as declarações deste arguido. O tribunal acedeu, tal como permitiu que o homem tivesse acesso ao seu veículo – que se encontra apreendido -, onde estarão alegadas faturas que justificam a compra do combustível.
O principal suspeito está acusado de cinco crimes de furto qualificado e três de falsificação de documento. Os outros dois arguidos respondem ao tribunal coletivo por um crime de furto qualificado.
Segundo a acusação do Ministério Público, entre 2015 e 2018, os suspeitos terão furtado veículos nos distritos de Leiria e Santarém, substituindo depois as matrículas originais por outras falsas. Alguns destes automóveis eram utilizados no furto de gasóleo.
O MP adianta que os suspeitos terão furtado cerca de 12 mil litros de gasóleo de depósitos de empresas, cujo valor ascende a 11.800 euros.
“O produto da venda do gasóleo furtado destinava-se a ser distribuído em partes iguais pelos três arguidos”, refere a acusação do MP.
No despacho lê-se também que nos veículos e habitações dos arguidos foram encontrados vários objetos relacionados com os furtos, como chapas de matrícula, símbolos de marcas de automóveis, ‘jerricans’, peças de motores e depósitos para armazenamento de combustível.
Lusa